JUSTIÇA PGR defende revogação da prisão preventiva de Daniel Silveira Publicada em 14/02/2023 às 14:47 A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se manifestou favoravelmente à revogação da prisão preventiva do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O ex-parlamentar foi preso em 2 de fevereiro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter descumprido medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a distância de redes sociais. No entanto, a vice-procuradora afirma que não é possível dizer que Silveira descumpriu medidas cautelares, já que o ex-deputado recebeu o indulto da graça presidencial por Jair Bolsonaro, em abril de 2022, quando o ex-presidente ainda era o chefe do Executivo. Esse indulto, reforçou a procuradora, é constitucional e de competência privativa do presidente. Para a PGR, Silveira deve ser posto em liberdade e, enquanto se discute o cumprimento das medidas pretéritas, eventuais medidas cautelares em desfavor de Silveira devem ser diversas da prisão, “nos termos do artigo 319 do Código de Processo Penal, uma vez que o efeito imediato da clemência é a extinção da pena privativa de liberdade”. O parecer foi anexado ao processo de Daniel Silveira no STF na segunda-feira (13). Cabe ao ministro Alexandre de Moraes analisar se acata ou não a avaliação do Ministério Público. Não há prazo para o magistrado examinar o documento. Relembre o caso Daniel Silveira O ex-deputado foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2021, após sugerir o fechamento do STF e a volta do AI-5, o ato institucional mais severo do regime militar. Depois de ter saído da prisão, ele descumpriu diversas medidas cautelares. Ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, a multa e a inelegibilidade de oito anos. No entanto, no dia seguinte, o ex-presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para perdoar quaisquer penas aplicadas contra o ex-deputado federal. Na ocasião, Bolsonaro alegou que Silveira apenas manifestou suas opiniões e que ele não poderia ter sido condenado, visto que a Constituição afirma que parlamentares são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas palavras. Silveira foi solto, mas teve que usar tornozeleira eletrônica, a mando do STF. Durante o período, ele danificou o equipamento de monitoração eletrônica, que estava sob sua responsabilidade, além de proferir novos ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao pôr em dúvida o sistema eletrônico de votação. Ele foi preso pela segunda vez em 2 de fevereiro de 2023. A prisão ocorreu um dia após o mandato dele chegar ao fim — ele se candidatou ao Senado, mas não foi eleito. Sem mandato, ficou sem foro privilegiado. Fonte: R7 Leia Também Arábia Saudita enviará primeira mulher do país ao Espaço Rússia realiza exercício com bombardeiro em fronteira com Estados Unidos Organização Mundial da Saúde confirma surto do vírus de Marburg, um dos mais letais Campus Ji-Paraná publica dois editais de auxílio estudantil PGR defende revogação da prisão preventiva de Daniel Silveira Twitter Facebook instagram pinterest