Educação Acadêmico de Licenciatura em Física do Campus Calama participa de projeto no CNPEM em SP Publicada em 06/03/2023 às 15:27 O acadêmico Gabriel Marcos Rodrigues Barbosa, do oitavo período do curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, acaba de retornar do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde participou durante 50 dias do Programa Bolsa de Verão daquele centro, localizado na cidade de Campinas, em São Paulo. O CNPEM é uma instituição privada, sob a supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O Centro opera quatro laboratórios nacionais: Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Segundo as informações do CNPEM, Sirius é a nova fonte de luz síncrotron brasileira, é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País. Este equipamento de grande porte usa aceleradores de partículas para produzir um tipo especial de luz, chamada luz síncrotron. Essa luz é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento. Trata-se, portanto, de um equipamento de dimensões monumentais que tem como objetivo estudar a matéria em nível molecular e atômico. O Programa de Bolsas de Verão (PBV) é destinado a estudantes matriculados em cursos de graduação universitária das áreas de Ciências Exatas e da Terra (incluindo engenharias e tecnologias) e Ciências Biológicas e da Saúde de instituições localizadas em países da América Latina e Caribe. O estudante selecionado desenvolve um plano de trabalho dentro de um projeto de pesquisa multi ou interdisciplinar proposto pelos pesquisadores do CNPEM e apresenta os resultados na forma de seminários e de um relatório final de pesquisa. Representando Rondônia Gabriel foi orientado a participar do programa pelo coordenador do curso no IFRO, Mauro Guilherme Ferreira Bezerra, que lhe ofereceu todo o suporte, incluindo as cartas de recomendação e de motivação que foram anexadas ao formulário de inscrição. O acadêmico concorreu com outros 1.025 inscritos de todo o Brasil e da América Latina e Caribe, ficando entre os 32 participantes selecionados. “Sou muito grato, pois ele foi uma das pessoas que me oportunizou participar dessa experiência através de atividades que me deram bagagem e suporte para a seleção”, destaca o estudante, que também agradece aos amigos e companheiros de curso, Kenedy Calegari e Victor Esmite, pelo apoio que lhe deram quando souberam que ele participaria da formação. Durante o programa, Gabriel desenvolveu um projeto sob a orientação de membros da engenharia do CNPEM. Segundo ele, o objetivo era o de estudar propriedades do Silício monocristalino, que é o material utilizado para fabricação dos componentes ópticos das linhas de luz do Sirius. O estudo foi realizado através de ensaios de resistência e condutância térmica. Como era um projeto interdisciplinar, foi desenvolvido junto a outros dois bolsistas, de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O acadêmico relata que durante quase dois meses pôde realizar diversas atividades: visitou o túnel onde fica o acelerador (Sirius), aprendeu sobre usinagem de Silício, fez ataques químicos e caracterização das amostras utilizadas nos ensaios, participou da montagem de uma câmara de vácuo para o ensaio e parte de um monocromador (equipamento utilizado nas estações ópticas do Sirius). E durante esse período teve contato com pesquisadores renomados e pôde sentir de perto como é a experiência de trabalhar em um grande centro de pesquisa ao lado dos pesquisadores. Ele diz que a oportunidade de ter acesso livre aos laboratórios durante o programa foi um ponto bem interessante, “pois foi o que me fez sentir como um dos pesquisadores e, para mim, isso foi um diferencial. Outro ponto interessante sobre o programa é a integração com os outros bolsistas. Dividi alojamento com pessoas de todo o país e de outros países. Foi uma oportunidade de aprender não só sobre ciência, mas também o aprendizado cultural através da troca de experiências”, destaca. Em relação ao projeto, Gabriel informa que como a ideia era fazer ataque químico pra diminuir a rugosidade do Silício para os ensaios de compressão e condutância, o resultado foi que os ataques realizados aumentaram a rugosidade (sendo o contrário do que queríamos) e por isso o projeto vai continuar sendo realizado para entender o porquê de isso ter acontecido, pois é a etapa inicial de uma série de estudos que os engenheiros do CNPEM pretendem continuar realizando. Gabriel afirma que quer continuar seus estudos na área da Física e seguir carreira acadêmica fazendo pesquisas. Duas áreas que considera seguir são a de Instrumentação Científica ou Astronomia/Astrofísica. “O que eu tenho que dizer para aqueles que pretendem seguir na área acadêmica como cientistas um dia ou pesquisadores é para que aproveitem toda a estrutura que o IFRO tem para oferecer, porque foi através das atividades que eu desenvolvi aqui no IFRO, ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão que eu tive bagagem suficiente para concorrer e participar de programas como o Bolsa de Verão do CNPEM. Mas não só esse, também outros que surgem ao redor do Brasil. Então, o que eu deixo de incentivo é para que aproveitem a estrutura do IFRO porque ela pode proporcionar grandes realizações lá na frente, não só no instituto como também fora dele. Sou grato a todos os meus professores e demais funcionários do IFRO pelo apoio, pois, se pude concorrer e participar deste programa foi por conta de toda a bagagem que obtive ao longo do curso através das diversas atividades realizadas que nos possibilita a obtenção de competências nas mais diversas áreas. No IFRO tenho a oportunidade de participar de projetos na área de nanociência e sou integrante do recém-criado Grupo de Pesquisa em Astronomia e Cosmologia (GPAC)”, afirma. Para o Professor e coordenador do Calama, Mauro Bezerra, a participação do graduando Gabriel na Bolsa de Verão do CNPEM é motivo de grande alegria e orgulho para toda a equipe de professores e técnicos. “Essa oportunidade única permitirá ao graduando aprofundar seus conhecimentos e adquirir novas habilidades em áreas de ponta da pesquisa científica e, certamente, agregará muito valor à sua formação acadêmica e profissional, bem como à imagem e reputação da instituição de ensino”. O docente cita ainda que a Bolsa de Verão do CNPEM é reconhecida como uma excelente oportunidade para estudantes de graduação em ciências exatas e áreas afins aprimorarem seus conhecimentos em áreas de ponta da pesquisa científica nacional e internacional. “Através dessa experiência, os alunos têm a oportunidade de entrar em contato com outros estudantes, pesquisadores e profissionais do ramo, além de desenvolver projetos de pesquisa e ampliar seus horizontes acadêmicos e profissionais. Participar desse tipo de evento pode trazer muitos benefícios para a formação acadêmica e profissional do aluno, como a ampliação do conhecimento em áreas específicas e a possibilidade de abrir portas para futuros estágios e oportunidades de trabalho. Sua participação no programa é também um grande incentivo para que outros alunos busquem oportunidades de participar em eventos e atividades extracurriculares. Participar de escolas de verão, congressos e outros eventos científicos são maneiras eficientes de enriquecer o aprendizado, desenvolver habilidades e competências, e entrar em contato com profissionais da área”, afirma, ao parabenizar o acadêmico Gabriel, destacando o IFRO como uma instituição de excelência. “Temos certeza de que nossos alunos têm muito a contribuir na área científica e tecnológica do país”, conclui o Coordenador. Fonte: ascom Leia Também Acadêmico de Licenciatura em Física do Campus Calama participa de projeto no CNPEM em SP Coreia do Sul lança plano para indenizar vítimas de japoneses Homem morre depois de tomar dois comprimidos de Viagra e ingerir álcool CRECI-RO rebate titular da Fazenda sobre IPTU e alega não ter participado do estudo que gerou o aumento Com foco na modernização, Banco Central começa a testar a moeda digital oficial do país Twitter Facebook instagram pinterest