ECONOMIA Arcabouço fiscal 'sólido e crível' pode facilitar queda da inflação, diz Banco Central Publicada em 28/03/2023 às 11:34 Governo elabora nova regra para controlar gastos públicos; proposta ainda não foi divulgada. Na última semana, BC manteve juros em 13,75%, o maior nível desde 2016; governo cobra redução O Banco Central avaliou em documento divulgado nesta terça-feira (28) que uma nova regra fiscal "sólida e crível" pode facilitar a queda da inflação no país. O arcabouço fiscal que está sendo elaborado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma nova regra para limitar os gastos públicos federais e, se aprovado pelo Congresso, deve substituir o atual "teto de gastos". A proposta ainda não foi divulgada. Segundo o BC, essa nova regra para o gasto público pode levar a um processo "mais benigno" de combate à inflação porque ajudaria a melhorar a situação de três fatores: as expectativas de alta dos preços; as incertezas sobre a economia; o "prêmio de risco" dos ativos, ou seja, a percepção de segurança do investidor estrangeiro sobre investir no Brasil (materializada em indicadores como a taxa de juros e o câmbio). A avaliação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelo presidente e diretores do BC, responsável por definir o nível da taxa básica de juros da economia. "O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos", acrescentou o BC. Na reunião do Copom da semana passada, a Selic foi mantida estável pela quinta reunião seguida em 13,75% ao ano, o maior nível em mais de seis anos. Governo pede queda dos juros O patamar dos juros brasileiros, que em termos reais (descontada a inflação estimada para os doze meses seguintes) é o maior do mundo, tem sido criticado reiteradamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do governo. O BC autônomo é comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que o tom do comunicado divulgado no dia da reunião do Copom foi "preocupante". O comunicado de quarta, que não trouxe referências ao arcabouço fiscal, também deixou a porta aberta para novos aumentos de juros no futuro. Fonte: G1 Leia Também Arcabouço fiscal 'sólido e crível' pode facilitar queda da inflação, diz Banco Central Detentos denunciados pelo MP por tentativa de homicídio em Casa de Detenção são condenados pela justiça Operação Fio Desencapado que combate furto de fios elétricos e hidrômetros foi desencadeada em Porto Velho Semed foi premiada no Seminário de Resultados do Saero/2022 Prefeitura oferece condições especiais para a regularização de dívidas através do REFIS 2023 Twitter Facebook instagram pinterest