Karipunas acusaram usinas de Santo Antônio e Jirau como culpadas pelo alagamento em Rondônia; empresas negam responsabilidade

Aldeias das Terras Indígenas Rio Branco, Massaco, Uru-Eu-Wau-Wau e Pacaás-Novas, em Rondônia; foram afetadas pela cheia anormal dos rios; no Acre, os povos atingidos foram os Jaminawa, Manchineri e Kaxinawá. Na imagem, a aldeia Serrinha, tomada pela enchente (Foto: Divulgação/Povo Tupari)

Porto Velho, RO – Nesta quarta-feira (29) o site Amazônia Real veiculou mais uma matéria abordando alagamentos em terras indígenas.

Estes, em decorrência, segundo a veiculação, de operação de hidrelétricas.

As inundações alcançam tanto Rondônia quanto o Acre.

Na matéria intitulada, “Indígenas de Rondônia e Acre sofrem com inundações de hidrelétricas” (CLIQUE PARA LER NA ÍNTEGRA), escrita Nicoly Ambrosio, destaca:

“Outros povos indígenas de Rondônia atingidos pelas enchentes são os Oro Win, que vivem na TI Uru-Eu-Wau-Wau e os Wari, da Terra Indígena Pacaás-Novas. A aldeia Panorama, localizada na Terra Indígena (TI) Karipuna, entre os municípios de Porto Velho e de Nova Mamoré, já havia sido inundada pelo transbordamento do rio Jaci Paraná neste mês. Os Karipuna acusaram a operação das Usinas de Santo Antônio e Jirau como culpados pelo alagamento que colocou suas terras debaixo d’água, embora a empresa negue a responsabilidade”.

Acrescenta ainda o Amazônia Real:

“No último domingo (26), a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Rondônia realizaram uma ação emergencial na TI Rio Branco, após as famílias serem afetadas pela cheia do rio Branco. As aldeias Rio Branco, Serrinha, Distrito de Nazaré, Três Irmãos, Nova Esperança, Trindade e Terra Nova receberam o apoio inicial. Ao todo, cerca de 26 famílias foram atendidas, segundo informaram os órgãos estaduais”.

E concluiu:

“O governo do Estado de Rondônia disse em nota que está adotando todas as medidas para atender aos municípios que estão em situação de alerta, e confirmou que já foram atendidas famílias da aldeia Panorama, na TI Karipuna, na região de Porto Velho, com cestas básicas, água mineral e hipoclorito de sódio”.