EDITORIAL 100 dias de Lula – Maioria dos políticos de Rondônia mantém bolsonarismo como vertente ideológica e há até pedido de impeachment Publicada em 08/04/2023 às 09:37 Porto Velho, RO – Rondônia é o estado-viúva de Jair Messias Bolsonaro politicamente falando. Prova cabal disso foi a performance do ex-presidente em termos locais, que, embora defenestrado nacionalmente do posto, ainda é idolatrado por pelo menos 70% dos cidadãos rondonienses. E essa idolatria reflete nos arquétipos representativos. A grande maioria da bancada federal é bolsonarista. Excluem-se, talvez, o deputado federal Eurípedes Lebrão, do União Brasil; e o senador Confúcio Moura, do MDB. E ainda assim, apesar de não se dedicarem a louvar ou demonizar o antigo morador do Alvorada, suas posições de letargia e isenção quanto ao assunto favorecem a bandeira da oposição à atual gestão, liderada por Lula, do PT. Aliás, o petista está prestes a completar 100 dias de comando da nação na próxima segunda-feira, dia 10. E nada de simpatia em sua direção por parte das autoridades alçadas ao Poder pelo povo das Terras de Rodon. O eixo mais maciço dessa galera quer mesmo é liderar levantes contrários às deliberações do petismo e atravancar o quanto puder suas diretrizes governamentais. E aí a briga é justamente para saber quem é mais do contra do que o outro. A bancada quer, por exemplo, a instalação da CPI do 08 de Janeiro, a fim de conferir responsabilidade a Lula e seus estafe sobre os atos de terrorismo ocorridos em Brasília contra as sedes do Supremo (STF); Congresso Nacional e Palácio do Planalto. O principal foco das alegações é lançar sobre o colo do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino a suposta prática de crime de responsabilidade. Segundo o parlamentar Kim Kataguiri, do União Brasil de São Paulo, o chefe da pasta sabia da arquitetura das ofensivas ilícitas antes de elas ocorrerem e não faz nada, incorrendo, assim, em conduta omissiva danosa ao patrimônio nacional. Coronel Chrisóstomo, reeleito, agora no PL, apresentou pedido de impeachment. Desesperado para gritar e “aparecer”, cometeu ato falho ao anunciar o requerimento, alegando ter movido contra seu ídolo, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Após se dar conta do ato falho, corrigiu a informação. E de modo geral, a safra recém-chegada à capital federal quer mesmo é apostar em pautas polêmicas e de costumes, como debate sobre banheiros unissex; homossexuais; aborto e toda aquela bagagem de sempre, longe das matérias econômicas ou estruturais. Ainda é moda ser antipetista. Aliás, o antipetismo é o maior “partido” do Brasil. E as cabeças, por ora, soam mais preocupadas com a higidez desse posicionamento ferrenho do que com a evolução do País e, óbvio, especialmente de Rondônia. É um infindável abismo polarizado ao qual a sociedade se distancia cada vez mais; por isso, seus interesses, inclusive, também se afastam dos grandes debates nacionais enquanto a prioridade para a maciça maioria em funções políticas é sempre a próxima eleição. Há coisas boas em três meses: recriação do Bolsa-Família e Minha Casa, Minha Vida; campanha nacional de vacinação; combate às fake news; retorno do programa de aquisição de alimentos; geração de empregos e a volta do Mais Médicos, com abertura de 15 mil vagas distribuídas em todo o território brasileiro. É o ideal? Não! Poderia haver mais? Sim. Deve haver mais? Com certeza. Entretanto, se Lula decepciona nos seus cem primeiros dias de mandato o mesmo pode ser dito de seus detratores, que, além de política fisiológica e proselitismo, transformam Brasília numa eterno “remake” de novela das oito a cada ciclo de quatro anos: o mesmo enredo com personagens diferentes. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também 100 dias de Lula – Maioria dos políticos de Rondônia mantém bolsonarismo como vertente ideológica e há até pedido de impeachment Marcos Rocha acompanha projetos de destaques na área da saúde durante visita ao Governo do Amazonas Assembleia Legislativa aprova voto de louvor para jornalistas de Rondônia Alexandre de Moraes pede vista de julgamento que pode resultar na anulação da eleição de deputados Lula decide não incluir Correios e outras estatais em programas de privatização Twitter Facebook instagram pinterest