Data celebra a profissão, mas a desvalorização impera em Rondônia com ausência de mecanismos de acesso à informação

Porto Velho, RO – O feriado de Paixão de Cristo, ou Sexta-Feira Santa, caiu, em 2023, no dia 07 de abril, curiosamente também celebração profissional dos jornalistas.

E aí, assim como em outros números do calendário a exaltar ofícios, a passagem é marcada por muitas mensagens de apoio; imagens; banners; comunicados; agradecimentos; frases de efeito e daí por diante.

Na seara prática, a imprensa regional, especialmente a mais independente, como sites, por exemplo, preservam contra si uma dificuldade contumaz: a de acesso à informação.

Há lei que a garanta. Mas, junto dela, uma burocracia infernal no campo administrativo e judicial.

E era da Internet chegou há 20 anos e se desenvolveu nessas duas décadas para que as pessoas estejam informadas em tempo real.

São poucos caracteres, direto ao ponto; sem delongas, sem enrolação, sem entraves.

O próprio Rondônia Dinâmica já corroborou para aliviar o cenário, quando, por exemplo, cobrou em editorial o Tribunal de Contas (TCE/RO) sobre especificidades relacionadas a recursos que voltam aos cofres públicos através de multas e débitos imputados em acórdãos contra gestores.

Edilson de Sousa Silva, com base na visão deste órgão de comunicação, determinou a criação de uma ferramenta no portal da Corte de Contas para “eviscerar” o regresso financeiro em questão. Ele era presidente do à época.

Este é o tipo de “parabéns” que os trabalhadores do ramo precisam: acessar com facilidade e fluidez dados de interesse público.

Falta sensibilidade, portanto, ao poder público e a órgãos de fiscalização e controle: em 2023 não como “empurrar com a barriga” uma demanda informativa. A sociedade tem interesse imediato naquilo que a ronda e a ponte entre os fenômenos político-sociais são justamente os jornalistas.

Até que essa acessibilidade não seja sacramentada em plano real qualquer congratulação vazia só serve para afagar o ego de quem a expede.