SAÚDE União Africana pede ajuda internacional contra a cólera Publicada em 06/04/2023 às 10:15 "As infraestruturas sanitárias e sociais de Moçambique e do Malaui foram danificadas. Apelamos a todos aqueles que têm a capacidade de ajudar a cooperar com estes países para restabelecer a normalidade", disse o diretor em exercício do CDC para África, Ahmed Ogwell, numa conferência de imprensa online. "As respostas (nestas duas nações africanas) exigem uma abordagem humanitária", acrescentou Ogwell, que salientou a necessidade de assegurar o fornecimento de água potável, a eliminação adequada de resíduos humanos e comunicações inter-regionais, entre outras medidas urgentes. Embora o médico queniano tenha observado uma diminuição de 60% nos novos casos de cólera detetados em todo o continente esta semana, em comparação com a última, lamentou que a taxa de mortalidade por esta doença continue a ser demasiado elevada. "Estamos a trabalhar para manter a taxa de mortalidade abaixo de 1%, o que é recomendado pelos padrões internacionais, mas estamos atualmente a registar uma taxa de 2%", disse. As autoridades moçambicanas comunicaram pelo menos 101 mortes por cólera e cerca de 23.000 infeções desde setembro passado, enquanto 1.727 pessoas morreram da doença desde março de 2022 no Malaui, onde 59.968 casos foram detetados até à data. Ogwell advertiu que a doença, que está presente em dez países africanos, poderia continuar a alastrar a novas nações. O ciclone Freddy, um dos mais longos da história, atingiu Moçambique duas vezes, entre fevereiro e março, provocando inundações, destruindo casas e fazendo mais de 676 mortos no Malaui, segundo o Departamento de Gestão de Desastres. Em Moçambique, mais de 161 pessoas morreram. A Organização Mundial de Saúde (OMS) observou que os surtos de cólera se multiplicaram devido à crescente ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, tais como inundações e secas, bem como guerras e deslocações forçadas de populações, o que limita o acesso à água potável. Trata-se de uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com o bacilo vibrio cholerae. A OMS continua a descrevê-la como "uma ameaça global à saúde pública e um indicador de iniquidade e falta de desenvolvimento". Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também União Africana pede ajuda internacional contra a cólera MEC autoriza novos cursos de medicina em regiões onde faltam médicos Semed encontra soluções após abandono de empresa responsável pelo transporte escolar Com um investimento de quase R$ 18 milhões município ganhará uma Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário Vladimir Putin estaria com fortes dores no estômago e saúde fragilizada, diz perfil russo Twitter Facebook instagram pinterest