JUSTIÇA Alemão neonazista é condenado a três anos de prisão por defender “guerra racial” Publicada em 08/05/2023 às 15:29 Um simpatizante alemão da rede neonazista americana "Atomwaffen Division" foi condenado nesta segunda-feira (8), em Frankfurt, a três anos e dez meses de prisão por planejar ataques destinados a desencadear "uma guerra racial". A condenação é pronunciada no mesmo dia em que a Europa comemora o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrocada do nazismo, em 1945. Marvin E., 21 anos, foi condenado pelo Tribunal Regional de Frankfurt por "tentativa de criar um grupo terrorista" e "preparar um grave ato de violência que ameaça o Estado". Em 2021, ele tentou fundar na região de Hesse (centro) uma ramificação do grupo "Atomwaffen Division" (divisão de armas atômicas), conhecido por sua ideologia racista e antissemita. O acusado também planejou realizar ataques com explosivos e armas de fogo contra funcionários do Estado, incluindo políticos, judeus e imigrantes. De acordo com a Promotoria, o objetivo do réu era provocar uma "guerra civil de raças" nos próximos três anos, visando "preservar a população branca". Marvin foi preso em setembro de 2021, após tentar obter armas. A polícia encontrou em sua casa componentes necessários para a fabricação de explosivos e bolas de aço, destinados a causar o maior número de vítimas possível. Ele admitiu os fatos durante o julgamento e indicou que não tinha intenção de apelar da condenação. A rede neonazista "Atomwaffen Division" é formada por jovens. A organização foi criada em 2013, nos Estados Unidos, e ficou conhecida principalmente por meio de campanhas de recrutamento nos campus das universidades. Nos Estados Unidos, vários membros do grupo ultrarradical de direita foram presos por ameaçar jornalistas e ativistas antirracistas e antissemitas. Ameaça número 1 Grupos suspeitos de preparar ataques xenofóbicos ou antissemitas são frequentemente desmantelados na Alemanha. As autoridades fizeram da violência de extrema direita a ameaça número um à ordem pública no país, à frente do risco jihadista. Em dezembro, as autoridades anunciaram que haviam desarticulado um grupo conspiracionista pronto para derrubar as instituições e atacar o Bundestag – o Parlamento alemão –, reivindicando a ideologia do "Reichsbürger" ("Cidadãos do Reich") em oposição aos valores democráticos. O assassinato do político Walter Lübck, em junho de 2019, morto por um militante neonazista, chocou profundamente o país. Lübcke era do mesmo partido conservador (CDU) que defendia a política de acolhimento de migrantes da então chanceler Angela Merkel. De acordo com a Agência Federal de Inteligência Interna (BfV), a Alemanha tinha cerca de 33.900 apoiadores do extremismo de direita em 2021, em comparação com 33.300 em 2020. Entre eles, as autoridades estimam em 13.500 o número de pessoas consideradas potencialmente violentas. Fonte: RFI Leia Também Alemão neonazista é condenado a três anos de prisão por defender “guerra racial” Rondônia vai receber centro tecnológico sustentável da Europa no Pavilhão Empresarial e Internacional da Rondônia Rural Show Iranianas prometem "pesadelo dos mulás" no próximo verão Enfermeira nega envolvimento com fraude na vacinação da família Cid França decide autorizar ingresso de soropositivos nas Forças Armadas Twitter Facebook instagram pinterest