GERAL Brazilian Team disputa semifinal de competição ambiental em Singapura Publicada em 17/05/2023 às 08:26 Com mais de 50 pesquisadores – sendo a maioria brasileiros –, a equipe Brazilian Team participa das semifinais da competição XPRIZE-Rainforest, em Singapura. A iniciativa mobiliza tecnologias inovadoras para a preservação de florestas tropicais. Para o evento, nos dias 27 e 28 deste mês, o time conta com apoio da empresa de tecnologia climática brCarbon, que emprestou o sensor remoto LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging), integrado a um drone que faz o mapeamento de florestas em três dimensões. O uso do dispositivo permite medir a estrutura da vegetação, como altura das árvores, densidade de vegetação, diversidade estrutural e estoques de carbono. O Brazilian Team está entre as 15 equipes semifinalistas da competição internacional que premiará os primeiros colocados com valores que somam até US$ 10 milhões. A competição começou em 2019, com 800 equipes inscritas. Neste mês de maio, serão realizados os testes em campo. Otimismo Para o coordenador da equipe Vinicius Castro Souza, a expectativa em relação à participação nas semifinais é das melhores. "A gente está bem otimista. Acho que estamos bem à frente até, e temos boas chances de ficar nas primeiras colocações nesse prêmio. A final, a gente já deve garantir agora”, disse Souza, que também é professor no Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). À Agência Brasil, Vinícius destacou as habilidades da equipe: "A gente está com um time bastante completo em várias soluções, desde a parte de DNA até a parte dos drones, a parte dos sons dos animais. Estamos com várias soluções para saber que espécies tem na área." Quatorze pesquisadores do Brazilian Team viajam na próxima segunda-feira (22) para Singapura. Boa parte da equipe ficará trabalhando de maneira remota, fazendo a análise dos dados coletados. Dos 15 times que disputam as provas semifinais, dez serão selecionados para as finais, em 2024. Segundo Souza, o local de realização das finais será revelado ainda este ano e há a perspectiva de que seja escolhida a Amazônia ou o Congo: “se for a Amazônia, para nós, vai ser ótimo”. Robôs “A gente vai ter um período de testes dos nossos equipamentos e metodologias para, depois, realizar o teste-prova de fato, que são as coletas em 24 horas na floresta. É uma floresta de até 100 hectares em que nós vamos trabalhar”, informou o diretor da brCarbon, Danilo Almeida, que é co-coordenador de sensoriamento remoto da equipe. O trabalho utilizará robôs terrestres que fazem coletas de solos e de serrapilheira (camada de folhas secas, galhos, restos de frutas, flores e animais mortos que há na superfície do solo). “Esses robôs terrestres trazem essas amostras para nós, para a gente fazer os exames de DNA”. A partir desse exame do DNA do solo e do material morto acima da superfície do solo, os pesquisadores conseguem fazer projeções da biodiversidade existente na floresta. A equipe de pesquisadores conta também com robôs aéreos que fazem a coleta do ramo de uma árvore, por exemplo, e levam para os pesquisadores, drones com sensores do tipo câmeras fotográficas, além do sensor LiDAR, que é um scanner 3D, que ajuda a estimar a estrutura da vegetação, a diversidade estrutural. “Essas fotografias que o drone vai tirar com a câmera fotográfica, além do sensor LiDAR, vão ser utilizadas para algoritmos de reconhecimento de espécies, que são algoritmos de inteligência artificial (IA)”, explicou Almeida. O grupo terá uma área florestal para coletar em 24 horas, mas terá de respeitar a regra básica da competição: “Nenhum ser humano pode entrar dentro dessa área”. Por isso, há necessidade de desenvolvimento e apoio de robôs e da tecnologia. Frentes O Brazilian Team é constituído por sub-grupos: sensoriamento remoto, robótica, sensores sonoros, sequenciamento genético, insight e aplicativo Pl@ntNet (que permite estimar qual a espécie de uma planta a partir da foto). Os insights, que permitem dizer em que medida a diversidade mapeada agrega valor à floresta, serão transformados em bancos de dados: “Não é simplesmente estimar a biodiversidade, mas como valorar a floresta. Quais são os insights ou ideias que nós vamos trazer de valorização dessa floresta a partir dos dados que vamos obter desses sensores”, conta o coordenador da equipe, Vinícius Castro Souza. A maneira como o grupo vai abordar a biodiversidade do local também é importante na classificação. Vencerá a XPRIZE-Rainforest a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em até 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e nas 48 horas seguintes elaborar o documento final, identificando os serviços ecossistêmicos das espécies identificadas. Caso vença a competição, o Brazilian Team pretende, com o valor do prêmio, compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica. Participam da equipe profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também da França, Colômbia, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Holanda e Bélgica. Fonte: Agência Brasil Leia Também Brazilian Team disputa semifinal de competição ambiental em Singapura STF julga constitucionalidade de lei do Ceará sobre pulverização aérea Educação cada vez mais valorizada com reajuste de 14,95% confirmado pelo governador de Rondônia Marcos Rocha Detran realiza palestra sobre o Movimento Maio Amarelo para candidatos a condutores de motocicletas Programa que vai cortar impostos de carros populares deve sair em maio, diz Alckmin Twitter Facebook instagram pinterest