NAÇÕES UNIDAS ONU exige que assassinos do governador do Darfur sejam levados à justiça Publicada em 15/06/2023 às 15:21 Em comunicado, a UNITAMS expressou o seu choque com os acontecimentos ocorridos na quarta-feira em Al Geneina, capital do Darfur Ocidental, no oeste do Sudão, e condenou veementemente esse "ato hediondo". "Testemunhas oculares convincentes atribuem este ato às milícias árabes e às Forças de Apoio Rápido (RSF), apesar de as RSF terem negado à missão o seu envolvimento", disse na mesma nota a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país africano, que hoje completa dois meses imerso num conflito entre o Exército sudanês e o grupo paramilitar RSF. A ONU apelou ao "bom senso do povo sudanês para que não se deixe arrastar pelo turbilhão do discurso de ódio e da polarização étnica" e lamentou a perda de Jamis Abdala Abkar, "interlocutor-chave na região e signatário do Acordo de Paz de Juba". Neste sentido, denunciou a atual escalada militar e os combates no Darfur e apelou à cessação imediata de todas as operações militares, a fim de desescalar a situação, lidar com a crescente violência étnica, permitir o acesso à ajuda humanitária e evitar uma maior deterioração que poderá levar a um conflito em grande escala. Também lembrou todas as partes das suas obrigações sob o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos para garantir a segurança e proteção dos civis. A UNITAMS enfatizou que "os crimes e violações cometidos durante este conflito não serão ignorados e não devem ficar sem responsabilização". Numa reunião na manhã de hoje no Conselho de Segurança da ONU, o diplomata sudanês Alharith Idris falou da situação no país, em especial no Darfur, onde garantiu que os civis, assim como infraestruturas essenciais, são alvo de ataques. O embaixador manifestou ainda o seu descontentamento com a "falta de apoio" da comunidade internacional e alertou que a "neutralidade diante de crimes que equivalem a crimes de guerra e crimes contra a humanidade é apenas um incentivo" para que continuem a acontecer. Segundo dados do Sindicato dos Médicos Sudaneses divulgados esta quarta-feira, pelo menos 958 civis morreram nos dois meses de combates entre o exército, dirigido pelo general Abdel Fattah al-Burhane, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, do general Mohamed Hamdane Daglo. Os combates desencadearam-se após desentendimentos sobre a unificação das Forças Armadas, no âmbito de um acordo assinado para a transição para a democracia. Já a organização ACLED, especializada em recolha de informação em zonas de conflito, já contabilizou mais de 1.800 mortos, enquanto a ONU aponta para dois milhões de deslocados e refugiados na sequência do conflito. Fonte: Noticia ao Minuto - Portugal Leia Também ONU exige que assassinos do governador do Darfur sejam levados à justiça Senadores de Rondônia Jaime Bagattoli e Confúcio Moura devem 'medir forças' na CPI das ONGs Dica dos Chalés Vale da Lua: Melhor época para visitar a Praia do Rosa e aproveitar ao máximo TCE de Rondônia aplica débito em quase R$ 300 mil a instituto que não cumpriu completamente acordo fechado o Estado Fundação Oswaldo Cruz faz acordo com Inca e detalha gastos com oncologia Twitter Facebook instagram pinterest