OPINIÃO BR-364: Alicerce refeito, asfalto de qualidade, tráfego seguro e duplicação-já Publicada em 01/07/2023 às 11:21 Entra ano, sai ano e um dos vários problemas, que afetam a economia de Rondônia continua sem solução. É a precária situação da BR 364, principal rodovia que corta o Estado e por onde passa a maior parte da produção de grãos (soja, milho, café), carne bovina, que são exportados a vários países e para outros estados. Nos cerca de 700 quilômetros da BR 364, que liga o porto graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira, a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso, circula em períodos de safra de grãos média de 2,5 mil veículos pesados (carretas, bitrens, treminhões) por dia, a maioria transportando grãos (soja e milho) para o porto graneleiro da capital. Não estão computados os veículos de passeio. O trecho de maior movimento é o ligando Porto Velho a Vilhena com aproximadamente 700 quilômetros. A 364 foi construída na década de 80, quando o maior veículo pesado era o caminhão trucado, os Fenemê, Mercedes 1111, dentre outros com cada um transportando em média, 10 toneladas de carga. Hoje a maioria dos veículos pesados transporta 50 toneladas, ou mais. A BR 364 foi construída na década de 80 e o alicerce não tem condições de suportar o volume de tráfego atual, além das cargas sempre em torno de 50 toneladas. Desde a inauguração a 364 não foi restaurada, somente “remendada”. Rondônia tem um clima diferenciado, pois só existem duas estações climáticas. O verão, quando chuvas são escassas durante cerca de seis meses e o inverno, chuvas fortes praticamente todos os dias. Apesar de o clima diferenciado a preservação da importante rodovia é péssima. Todos os anos, durante p verão a BR recebe somente os trabalhos de tapa-buracos e recapes sem as mínimas condições de suportar o tráfego pesado e volumoso, que ocorre durante as safras de grãos, produzidos não somente de Rondônia, mas também de parte do Mato Grosso. O tapa-buracos favorece somente as empreiteiras, que todos os anos, tem faturamento garantido, porque, o que foi feito durante o verão desaparece no inverno em razão das chuvas. A pista é tomada por buracos e favorece os acidentes. Além de a economia regional ficar no prejuízo, a situação também atinge a União. Rondônia a cada ano aumenta sua área de produção de soja e milho. Hoje está entre os estados maiores produtores do país. Com a exportação prejudicada em razão de a BR 364 não oferecer condições de tráfego seguro para o transporte das safras, inclusive com o trecho Porto Velho a Vilhena já ser denominado de “Corredor da Morte”, devido ao enorme volume de acidentes, a maioria com vítimas fatais os prejuízos são enormes, para os produtores, para o Estado, para o País. É necessário que seja desencadeado em Rondônia, com apoio do Acre, que também depende da BR 364, a única ligação rodoviária com os demais Estados, juntar os que integram o Parlamento Amazônico, para que a situação da 364 seja solucionada. Paliativos como os tapa-buracos não resolvem, pois atendem somente os interesses financeiros das empreiteiras e de alguns políticos corruptos. A regularização fundiária em Rondônia, que é de responsabilidade do governo federal, não somente do atual, mas também dos antecessores, está mobilizando políticos, empresários, produtores rurais, comerciantes, empresários e todos os segmentos organizados da sociedade. O Ibama está expulsando famílias do campo, que no passado foram convidadas pelo governo federal a desbravarem Rondônia, porque estariam ocupando espaço de reservas ambientais, indígenas, minerais, não importando se as propriedades são produtivas, com benfeitorias feitas com o suor dos desbravadores e sem nenhuma compensação. Simplesmente estão sendo despejados como se fossem entulhos. Isso está ocorrendo no Amazonas e no Acre, mas está chegando a Rondônia. Como a mobilização visando a busca de uma solução para o conflito agrário na Amazônia, no caso a luta encabeçada pelo deputado Alex Redano (Republicanos-Ariquemes) com apoio do presidente da Ale-RO, Marcelo Cruz (Patriota-PVH) e demais parlamentares cresce, pois, o problema é grave, é fundamental a participação efetiva da bancada federal (senadores e deputados), para que seja encontrado um caminho legal e humanista, pois desbravadores não podem ser tratados como marginais. O mesmo empenho que está sendo feito no caso da regularização fundiária rural (também temos problemas na área urbana), deve ser praticado na luta para a restauração da BR 364 com a adequação do alicerce à realidade do movimento atual, que só tende a crescer, porque Rondônia tem pouco mais de 40 anos de emancipação político-administrativa e com futuro dos mais promissores na agricultura e na pecuária e, a posterior duplicação, para que a economia seja fortalecida e o “Corredor da Morte” deixe de vitimar pessoas, quase que diariamente, enlutando famílias. Fonte: Waldir Costa / Rondoniadinamica Leia Também Semfaz entrega nesta sexta-feira a premiação do "Minha Nota tem Valor para Vilhena" TSE envia caso de Bolsonaro ao TCU e nova condenação pode tirar ex-presidente das eleições de 2030 Passivo na regularização fundiária expõe unidades de conservação a invasões e ataques, afirmam especialistas Ofensiva de Israel na Cisjordânia deixa pelo menos 8 mortos e dezenas de feridos Governo cria grupo para acompanhar ações ambientais em terra Yanomami Twitter Facebook instagram pinterest