Coreia do Norte retoma voos internacionais com viagem à China depois de três anos de proibição

O primeiro voo comercial internacional da Coreia do Norte chegou nesta terça-feira (22) a Pequim, na China, em um momento em que a ditadura de Kim Jong-un flexibiliza o fechamento das fronteiras decretado pela pandemia de Covid-19.

A Coreia do Norte fechou suas fronteiras no começo de 2020 em resposta à disseminação do vírus, e até as últimas semanas não havia dado sinais de reabertura.

No mês passado, autoridades da China e da Rússia assistiram a um grande desfile militar em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, e, na semana passada, uma delegação de atletas norte-coreanos foi autorizada a participar de uma competição de taekwondo no Cazaquistão.

Nesta terça, o voo JS151, de Pyongyang a Pekín, da empresa aérea nacional Air Koryo, pousou às 9h17 (no horário local) na capital da China, de acordo com o painel de chegadas do terminal.

Jornalistas da AFP que estavam presentes no aeroporto de Pequim viram apenas dois norte-coreanos saindo pelo portão do desembarque. Ambos eram reconhecíveis porque usavam cartões com os rostos dos ex-líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, respectivamente o avô e o pai do do ditador Kim Jong-un.

Um dos passageiros é o general Kim Jin, segundo Colin Zwirko, analista do site NK News, especializado em atualidade norte-coreana. Nem ele nem qualquer outro passageiro falou com a imprensa.

Por outro lado, um voo da Air Koryo decolou de Pequim com destino a Pyongyang, de acordo com um site especializado no monitoramento de aeronaves.

Na segunda-feira, um voo da Air Koryo que deveria pousar em Pequim foi cancelado de repente, sem mencionar o motivo.

Questionado sobre a razão, um porta-voz da diplomacia chinesa confirmou a retomada de voos comerciais entre China e Coreia do Norte.

Segundo a NK News, a Air Koryo projeta igualmente dois voos entre Vladivostok, no extremo oriente russo, e Pyongyang na próxima quinta-feira e segunda-feira.