Serviço de Informação de Segurança checo acusa Rússia de corromper figuras locais

De acordo com informações do portal Euractiv, vinculado à Fundação Euractiv com sede em Bruxelas, Michal Koudelka, diretor do Serviço de Informação de Segurança da República Checa (BIS), afirmou na segunda-feira que agentes russos teriam tentado estabelecer contato direto com um dos organizadores das manifestações antigovernamentais que ocorreram no outono de 2022 em Praga.

Segundo Koudelka, em um caso recente, o BIS descobriu que um agente russo na República Checa teria promovido a divulgação de narrativas favoráveis aos interesses da Federação Russa relacionados à guerra na Ucrânia, em troca de um suborno de vários milhares de euros. Figuras públicas também teriam sido utilizadas nesse contexto, conforme citado por Koudelka no Parlamento checo, com informações do Euractiv.

O portal, sob a direção de Christophe Leclercq, destacou que o BIS investigou as supostas "interferências" russas nos meios de comunicação da República Checa. Koudelka mencionou que, mesmo antes do conflito na Ucrânia, atividades de um ativista pró-russo teriam sido detectadas, envolvendo jornalistas checos e o financiamento de diversas viagens ao exterior, com o objetivo de criar material de apoio à Rússia.

Apesar do suposto envolvimento direto da Rússia, Koudelka ressaltou que as "narrativas e desinformação russas são uma minoria," acrescentando que a maior parte das informações falsas são produzidas na República Checa por "personalidades locais."

A Rádio Praga informou que Koudelka se recusou a divulgar as identidades das personalidades envolvidas, e não foram fornecidos detalhes sobre ações legais tomadas contra os alegados agentes russos e os cidadãos checos supostamente corrompidos por Moscou pelo portal Euractiv.