COLUNA FALANDO SÉRIO Bolívia voltou a ser Bolívia; Luta contra a moratória da soja; Euma trava diálogo com diversos segmentos Publicada em 27/06/2024 às 09:30 Ontem (26), a Bolívia viveu um episódio de ação política clássica na América Latina, uma quartelada de militares sob o comando do general Juan José Zúñiga do Exército boliviano no intuito de derrubar um governo legitimamente eleito pelas urnas. Essa ação política contra o Estado-democrático de direito estava em desuso desde a redemocratização dos países latino-americanos com o fim da Guerra Fria. Com a tentativa de derrubada do Governo moderado do presidente Luiz Arce, a Bolívia voltou a ser Bolívia. Quais interesses estão por trás dessa quartelada? Primeiramente, Luiz Arce é um economista formado pela Universidade Maior de San Andrés em La Paz e com passagem pelas universidades de Warwick no Reino Unido e Princeton - a quarta mais antiga dos Estados Unidos e teve Albert Einstein como professor. Por conta da formação e dos autos-estudos que detém, Luiz Arce, o faz um economista respeitado e com uma mentalidade mais internacionalista. O seu propósito, desde quando foi ministro da Economia do ex-presidente Evo Morales (MAS), é de promover mudanças estruturais na Bolívia, inclusive na exploração das riquezas minerais do país, como o lítio. A Bolívia é segunda maior reserva desse importante minério na América Latina, que atualmente representa a principal matéria-prima para baterias de celulares e carros elétricos. Luiz Arce direciona o país para tirar vantagem desse importante mineral com os novos players da energia limpa. Quem está por trás dessa tentativa de golpe? É o momento crucial de escolha da economia boliviana de ingressar nos Brics e nacionalizar suas riquezas minerais para promover o desenvolvimento socioeconômico e o bem-estar social da população boliviana. Discussão O presidente boliviano, Luis Arce, foi pessoalmente ao Palácio Quemado - palco do golpe. Ao chegar, o presidente Arce e o general Zúñiga discutiram. Na discussão, os dois gritam e o presidente ordenou que o ex-comandante do Exército desmobilizasse as tropas. Zúñiga não responde e acabou sendo preso por policiais do palácio. Declaração Na saída do Palácio de Quemado, o General Zúñiga parou em frente à imprensa e fez uma declaração surpreendente: acusou o presidente Luis Arce de ter orquestrado um autogolpe para ganhar popularidade. Autogolpe O General Zúñiga afirmou que o presidente Arce lhe pediu no domingo para tentar um golpe. Ao tentar defender seu país, o atual presidente ganharia popularidade. Seria um autogolpe, afirmou Zúñiga, visando as eleições de 2025, quando Luis Arce concorrerá à reeleição contra o seu ex-aliado Evo Morales. Verdade Por sua vez, o povo tomou as ruas de La Paz em apoio ao presidente Luiz Arce e forçou o recuo das tropas militares bolivianas. Os agentes envolvidos nas mobilizações irregulares retornaram aos quartéis após a posse dos novos comandantes das Forças Armadas e o general Zúñiga segue detido. Contudo, é preciso apurar de qual lado está a verdade dos fatos! Contra A Espanha, Venezuela, o México, Chile, Uruguai, Equador, Peru, Colômbia e o Brasil, se posicionaram contra a mobilização irregular de tropas do Exército boliviano e ameaça ao Estado-democrático de Direito no país. Suavizar O Governo de Rondônia segue com a intenção de comprar um hospital pronto para destinar para atender os casos de traumatologia. Neste caso, a aquisição de instalações prontas é uma maneira de suavizar as críticas ao governador Coronel Marcos Rocha (União) que não consegue entregar uma única obra do seu Governo em Porto Velho, em especial, o hospital Heuro. Cadê Falando em Heuro, cadê o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a empresa contratada para a construção do Hospital Euro na zona leste da nossa capital? Oito anos dessa novela mexicana para a construção desse novo hospital que não saiu ainda do papel, além de um silêncio sepulcral em torno do tema. Papel O Governo do Coronel Marcos Rocha (União) segue paralisado para retirar do papel as obras anunciadas para nossa capital. Além do Heuro para substituir o João Paulo II, existe a promessa do Centro de Convenções no espaço da antiga Expovel; o Centro de Abastecimento e Comércio de Alimentos – CEASA, e a rodovia estadual Expresso-Porto. Desprezado O Governo do Coronel Marcos Rocha (União) não conseguiu entregar ainda a reforma da Escola Castelo Branco, Getúlio Vargas e Carmela Dutra. Pior, não conseguiu dar uma destinação para a fundação e os pavimentos em concreto da Escola Anísio Teixeira, próximo ao Espaço Alternativo e na entrada da nossa capital para quem chega de avião. Soja O deputado Luís do Hospital (MSB), presidente da Comissão de Agropecuária e Políticas Rurais (CAPR) da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO), se colocou à frente da luta contra a moratória da soja por entender que caso seja implementada em Rondônia, traria consequências graves para a economia local. Moratória Mas o que é a moratória da soja? No ano de 2006, o Greenpeace publicou um relatório que apontava para a expansão da cultura de soja na região da Amazônia como promotora de desmatamento. Tradings Em seguida, o mercado internacional pressionou as tradings para que implementassem medidas de sustentabilidade, daí a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) se comprometeram a não comercializar soja proveniente de áreas que tivessem sido desmatadas dentro da Amazônia Legal. Esse pacto ficou conhecido como Moratória da Soja. Rateio O pré-candidato Samuel Costa (Rede/Psol) ao Prédio do Relógio está em diálogo com diversos segmentos da sociedade, com um foco especial na educação. Samuel tem sido um defensor incansável da valorização dos profissionais da educação, inclusive do rateio das sobras do Fundeb para técnicos e professores. Diálogo Falando em diálogo, a pré-candidata Euma Tourinho (MDB) ao Prédio do Relógio, também trava diálogo com diversos segmentos da sociedade, a exemplo da rodada de conversas que realizou com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon) e o CDL, no intuito de levantar dados para elaboração do seu Plano de Governo para Porto Velho que está na fase de construção. Competitiva O vereador Dr. Macário Barros (União) fez uma gigantesca reunião na sua residência com a pré-candidata Mariana Carvalho, que deseja suceder o prefeito Hildon Chaves no Prédio do Relógio. Macário disputa a reeleição a CMPV com nomes de peso do partido União Brasil, a exemplo da vereadora Elis Regina e dos vereadores Edmilson Dourado e Isaque Machado. Revelou A pré-candidata a vereadora Sofia Andrade (PL) da Extrema-direita revelou em entrevista que, caso seja eleita vereadora, pretende ser uma fiscalizadora do povo e não ficar subserviente ao prefeito em troca de cargos. Agora é esperar se Sofia consegue chegar a conquistar uma cadeira na CMPV e observar o seu comportamento como legisladora municipal. Fonte: Herbert Lins Leia Também Bolívia voltou a ser Bolívia; Luta contra a moratória da soja; Euma trava diálogo com diversos segmentos Vereadores de São Felipe solicitam apoio do deputado Jean Mendonça para recuperação de estradas Deputada Gislaine Lebrinha solicita ao DNIT obras de melhorias nas BR-364 e BR-429 Pedro Fernandes defende produtores rurais de Rondônia contra questões burocráticas e anti-produtivas Hildon Chave convida população para audiência sobre Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável Twitter Facebook instagram pinterest