FUNDO MONETÁRIO FMI eleva projeção de crescimento da economia brasileira para 2,5% ao ano no médio prazo Publicada em 13/07/2024 às 11:05 O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima suas projeções de crescimento para a economia brasileira, passando de 2% para 2,5% ao ano no médio prazo. Essa atualização foi divulgada no relatório anual do FMI sobre o Brasil, nesta quinta-feira (11). Para o economista Marcelo Monteiro, consultor econômico da Remessa Online, a mudança nas perspectivas do FMI pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo impactos menos intensos das enchentes no Rio Grande do Sul e resultados positivos inesperados no setor de varejo. "Saíram dados de varejo muito positivos, na comparação com que o mercado estava esperando. O mercado estava esperando queda no varejo e ele veio com um crescimento de 1,2%. Talvez tenha havido uma superestimação dos efeitos por parte dos economistas e o FMI deve ter incorporado esses impactos em suas projeções de crescimento", explica Monteiro. De acordo com o relatório, diversos fatores têm contribuído para esse desempenho positivo. Medidas como a reforma tributária focada no consumo e o plano de transformação ecológica são destacadas como impulsionadores significativos do crescimento econômico no médio prazo. O FMI também enfatiza a importância de uma agenda voltada para o crescimento sustentável e inclusivo, bem como a implementação de reformas que promovam um ambiente de negócios mais favorável. Entre os marcos mencionados estão a redução do desmatamento, os avanços na criação da Taxonomia Sustentável Brasileira para padronização de práticas econômicas sustentáveis, a estruturação do mercado de carbono e a emissão bem-sucedida do primeiro título verde no mercado internacional. Municípios O conselheiro federal do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Eduardo Reis Araújo, ressalta que, embora a revisão para cima seja uma notícia positiva, os efeitos serão desiguais entre regiões e municípios. "É uma notícia positiva, mas deve ser acompanhada de efeitos diferenciados para cada cidade. Lembrando que a projeção não significa que necessariamente vai acontecer. Cada município tem seu 'dever de casa' para se adaptar, especialmente às mudanças legislativas como a reforma tributária", destaca Araújo. Gelton Pinto Coelho, conselheiro do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), explica que o Brasil é um país marcado por desigualdades regionais e isso impacta diretamente os municípios. "Nós temos municípios com alto desenvolvimento tecnológico e outros que não possuem essa especialização, digamos assim, em um país continental como o Brasil, não há crescimento homogêneo. Alguns municípios vão ter um crescimento maior, outros não vão conseguir aproveitar tanto. Mas é importante a gente perceber vários sinais que a economia brasileira está demonstrando", pontua. Coelho informa que em 2024 há uma demanda maior para o financiamento de veículos, mesmo que eles estejam acima do valor adequado. "Isso mostra a positividade. Uma pessoa, para tomar a decisão de comprar um veículo, tem expectativa de que vai se manter no emprego ou com um certo padrão de renda, conseguindo pagar a parcela do financiamento", completa. Fonte: BRASIL 61 Leia Também FMI eleva projeção de crescimento da economia brasileira para 2,5% ao ano no médio prazo Governo federal vai transferir recursos para reforma de escolas no RS Municípios de São Paulo receberam mais de R$ 438 milhões no 1º decêndio de julho Exposição em São Paulo lembra cobertura de guerra no Vietnã Câmara dos Deputados aprova projeto que regulamenta produção de hidrogênio verde Twitter Facebook instagram pinterest