CONFLITO Venezuela vive momento crítico após eleições Publicada em 31/07/2024 às 11:35 AVenezuela está em alta tensão desde as eleições de domingo, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro como vencedor. A oposição rejeita os resultados oficiais, alegando fraude e afirmando que o candidato opositor Edmundo González venceu com mais de 70% dos votos. O país tem sido palco de várias manifestações massivas, marcadas por uma repressão violenta das autoridades, resultando na morte de pelo menos 11 pessoas e na detenção de cerca de 750 indivíduos até o momento. Entre os detidos estão três figuras importantes da oposição: Freddy Superlano, líder do partido Vontade Popular e coordenador do movimento opositor Com a Venezuela, e Rafael Sivira, coordenador juvenil do partido Causa R, ambos detidos em Caracas, além de José Ramón Díaz, ex-presidente da Câmara Municipal de Marcano, que foi preso na ilha de Margarita. Os tumultos têm gerado preocupação entre a comunidade portuguesa residente na Venezuela. Em entrevista à agência Lusa, Ermelinda Olim, uma portuguesa de 62 anos, expressou receio sobre a possibilidade de perder acesso a medicamentos essenciais. "Se pudesse, compraria medicamentos para três ou quatro meses, mas não tenho dinheiro suficiente. Às vezes, tenho que priorizar e ir duas vezes ao mês à farmácia", disse ela. O governo português também expressou preocupação, com o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, afirmando que, até o momento, não há relatos de portugueses em situações que comprometam sua segurança. Preocupações com o Impacto dos Protestos no Dia a Dia Vários portugueses expressaram à Lusa seu receio de que os protestos nas ruas das cidades venezuelanas, em resposta aos resultados das eleições presidenciais, possam se prolongar e afetar a vida cotidiana. Dúvidas Internacionais Sobre os Resultados No cenário internacional, alguns países alinharam-se com a oposição venezuelana, exigindo uma verificação transparente dos resultados anunciados pelo CNE. A União Europeia (UE) declarou que não reconhecerá Maduro como presidente legítimo até que os resultados sejam oficialmente verificados. O Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, destacou a necessidade de uma verificação independente dos resultados. O Peru, por sua vez, reconheceu Edmundo González como presidente eleito, considerando a declaração de vitória de Maduro como uma fraude. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Peru, Javier González-Olaechea, afirmou que essa posição é compartilhada por diversos países e organizações internacionais. Em resposta, Caracas rompeu oficialmente relações diplomáticas com Lima, citando as "declarações desrespeitosas" do ministro peruano. A Venezuela também ordenou a retirada do pessoal diplomático de outros países, como Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, acusou o regime de Maduro de "manipulação fraudulenta" e "repressão", desafiando o governo a aceitar a derrota caso se comprove a vitória da oposição liderada por María Corina Machado. Enquanto isso, países como Rússia, Irã e China congratularam Nicolás Maduro pela reeleição. O CNE anunciou a vitória de Maduro com pouco mais de 51% dos votos, contra 44% do principal candidato opositor, Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que as atas eleitorais acessadas comprovam que González foi eleito com mais de 70% dos votos. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também Venezuela vive momento crítico após eleições Brasil condena ataque a Beirute e apela a autoridades de Israel e ao Hezbollah pela não escalada do conflito Ji-Paraná sedia I Encontro Estadual contra o Feminicídio, Transfeminicídio e Lesbocídio PAC Seleções: Governo Federal investe mais R$ 7,4 bilhões no Rio Grande do Sul Ministério da Saúde tem congelados R$ 4,4 bilhões do orçamento Twitter Facebook instagram pinterest