INVESTIGAÇÃO PF faz ação contra grupo que propagava fake news eleitorais no RJ Publicada em 12/09/2024 às 09:27 Policiais federais prenderam nesta quinta-feira (12) quatro acusados de integrar uma organização criminosa especializada na propagação de informações e notícias falsas (fake news) relacionadas a candidatos políticos, no Rio de Janeiro. O grupo vinha atuando nas eleições municipais de dez cidades desde 2016. O alvo das notícias falsas foram candidatos a prefeito. Os policiais federais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, além de 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela 8ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro. Também foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, no valor de R$ 1 milhão para cada alvo da ação policial. Segundo as investigações, integrantes da organização criminosa chegaram a ocupar funções públicas em diversas cidades do estado. De acordo com a PF, o grupo desenvolveu “sofisticado e lucrativo esquema baseado na contratação de pessoas com o objetivo de influenciar no processo eleitoral de diversos municípios”. As pessoas contratadas recebiam instruções para propagar notícias falsas sobre um determinado candidato à prefeitura e passavam a circular diariamente pelo município alvo, se infiltrando em locais com aglomerações de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados. Nesses locais, eles se encarregavam de difundir aos eleitores falsas afirmações sobre um um determinado candidato, no intuito de beneficiar o rival nas eleições. Os propagadores das informações falsas recebiam R$ 2 mil por mês e os coordenadores da empreitada criminosa recebiam dos líderes da organização a quantia mensal de R$ 5 mil, além de serem contratados pela prefeitura municipal. No ano eleitoral, os coordenadores eram exonerados de seus cargos e substituídos por possíveis funcionários fantasmas. “A campanha de propaganda criminosa possuía um processo de aferição de resultado incluído no seu planejamento, através da elaboração de relatórios diários das atividades, com a especificação da quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema criminoso”, informa nota divulgada pela PF. De acordo com a polícia, a organização criminosa concentrava sua atuação no município de São João de Meriti (RJ), onde a maioria de seus membros reside. No entanto, eles teriam atuados em outros municípios do estado. Os alvos da operação desta quinta-feira são investigados por organização criminosa, desvio de funcionários públicos para a atuação no grupo criminoso, utilização de “laranjas” para burlar incompatibilidades com o exercício da função pública, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores (assédio eleitoral), bem como os tipos penais ligados à difusão de notícias falsas e/ou desinformação, previstos no Código Eleitoral. Apesar da organização criminosa concentrar a sua atuação e os seus membros residirem majoritariamente no município de São João de Meriti, comprovou-se que o esquema criminoso foi contratado e exportado para ao menos outras 10 cidades do estado do Rio de Janeiro. As investigações também revelaram que a quadrilha já teria influenciado, no mínimo, em três eleições municipais. Fonte: AGÊNCIA BRASIL Leia Também PF faz ação contra grupo que propagava fake news eleitorais no RJ Venda no comércio varejista cresce 0,6% de junho para julho, diz IBGE BR-101 continua sendo a rodovia mais perigosa do Brasil Justiça Eleitoral nega cassação do presidente da Câmara de Alta Floresta por entrega de medalhas a entidades sociais Inca e Fiocruz vão produzir dados científicos sobre cigarro eletrônico Twitter Facebook instagram pinterest