ELEIÇÕES 2024 Cármen Lúcia destaca mau tempo como causa da abstenção em Porto Velho e anuncia pesquisa para entender ausências Publicada em 29/10/2024 às 14:45 Porto Velho, RO – A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou que a Justiça Eleitoral realizará uma pesquisa com os Tribunais Regionais Eleitorais para identificar os fatores que levaram ao aumento da abstenção nas eleições de 2024. A medida, informada durante a coletiva de imprensa no último sábado, visa reduzir o número de eleitores que deixaram de votar, especialmente no segundo turno, onde a taxa de ausentes subiu de 21,68% para 29,26%. Ao comentar o aumento de abstenções em Porto Velho, Cármen Lúcia atribuiu o índice elevado ao mau tempo que afetou a capital de Rondônia no dia da votação. Segundo a ministra, as fortes chuvas prejudicaram a mobilidade de eleitores, especialmente entre os idosos, para os quais o voto não é obrigatório. Porto Velho registrou 30,63% de abstenções no segundo turno, índice menor que o segundo turno de 2020, quando 34,18% dos eleitores deixaram de comparecer. A ministra explicou que o estudo será feito em parceria com os tribunais regionais, com o objetivo de compreender as particularidades de cada região e apontar soluções. Um relatório deverá ser publicado em dezembro, antes da diplomação dos candidatos eleitos. “Vamos analisar os dados de cada localidade e trabalhar com os resultados. Houve locais com abstenção de até 16% e outros chegando a 30%,” explicou Cármen Lúcia. Cenário nacional e abstenções no Amazonas Conforme o balanço divulgado pelo TSE, Manaus, única cidade do Amazonas com segundo turno, teve uma abstenção de 23,61% no segundo turno, contra 19,94% no primeiro turno. No segundo turno de 2020, o índice foi de 22,23%. Segundo Cármen Lúcia, a estiagem e a baixa dos rios, que têm impactado a logística e transporte na região, preocupavam o tribunal, mas a taxa de ausências ficou abaixo da média nacional. Em comparação com outros pleitos, as eleições municipais de 2024 registraram a segunda maior taxa de abstenções da história. Apenas o ano de 2020, durante a pandemia de covid-19, apresentou índices superiores, com 23,2% de abstenções no primeiro turno e 29,5% no segundo turno. Estatísticas e próximos passos Ainda de acordo com o balanço do TSE, Belém foi a primeira capital a encerrar a contagem de votos, confirmando o vencedor às 17h30. Em relação à substituição de urnas eletrônicas, o total foi de 171 substituições em todo o país durante os dois turnos, de um total de 97.392 urnas, o que representa 0,12% no segundo turno e 0,63% no primeiro turno. Nenhuma seção eleitoral precisou recorrer à votação manual. O segundo turno também registrou 740.388 justificativas de ausência pelo aplicativo e-Título, em casos onde eleitores estavam fora de seu domicílio eleitoral, além de 83.363 justificativas para eleitores no exterior. Cármen Lúcia reforçou a importância de investigar as causas do aumento das abstenções, alertando que a Justiça Eleitoral precisa lidar com as particularidades de cada localidade. Ela ressaltou que o trabalho será contínuo para assegurar a participação e o direito ao voto de todos os cidadãos nas próximas eleições, programadas para 2026. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Presidente do TSE, Cármen Lúcia destaca mau tempo como causa da abstenção em Porto Velho Deputado Laerte Gomes recebe vereador Elizeu Rodrigues, de Teixeiropólis Processo de Transição é o desafio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes, para 2025 Cirone Deiró destaca avanços na legislação que garante retorno da regularização fundiária pelo INCRA Rondônia está entre os estados mais degradados da Amazônia em setembro de 2024 Twitter Facebook instagram pinterest