Prefeitura da Capital: discrepância entre pesquisas coloca Mariana Carvalho e Léo Moraes em cenários opostos

Porto Velho, RO – A reta final da disputa para a Prefeitura de Porto Velho, protagonizada por Mariana Carvalho (União Brasil) e Léo Moraes (Podemos), trouxe à tona um tema que vai além do embate entre os dois ex-deputados: as pesquisas eleitorais e suas discrepâncias. Nas últimas semanas, os dados apresentados pelos institutos Quaest, Phoenix, IAPE e Futura Inteligência apontam cenários bastante distintos, o que levanta questionamentos sobre a confiabilidade e precisão desses levantamentos.

A pesquisa Quaest, realizada entre os dias 15 e 17 de outubro e registrada sob o número RO-03222/2024, mostrou um cenário de empate técnico. Segundo o levantamento, Mariana Carvalho aparece com 43% das intenções de voto, enquanto Léo Moraes obtém 42%. Os indecisos somam 26%, e os votos em branco ou nulo chegam a 4%. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 704 eleitores e tem um nível de confiança de 95%.

Já o Instituto Phoenix, em pesquisa realizada entre os dias 20 e 22 de outubro e registrada com o número RO-09896/2024, apresenta Mariana com uma liderança mais folgada, com 52,8% dos votos válidos contra 47,2% de Léo Moraes. O levantamento foi realizado com 751 eleitores, com margem de erro de 3,57 pontos percentuais e nível de confiança também de 95%. A pesquisa destaca um cenário mais favorável à candidata do União Brasil, o que contrasta diretamente com os resultados apontados pelo IAPE e Futura Inteligência.

O IAPE, em pesquisa divulgada no dia 22 de outubro e registrada sob o número RO-07306/2024, apresenta um cenário diametralmente oposto ao da Phoenix. De acordo com o levantamento, Léo Moraes lidera com 59,2% dos votos válidos, contra 40,8% de Mariana Carvalho. A pesquisa, realizada entre os dias 17 e 19 de outubro, ouviu 650 eleitores e possui margem de erro de 3,8 pontos percentuais. Os resultados indicam um crescimento expressivo de Léo Moraes no segundo turno, criando uma das maiores divergências entre os institutos de pesquisa.

Por sua vez, o instituto Futura Inteligência também aponta vantagem para Léo Moraes, que lidera com 54,3% das intenções de voto, enquanto Mariana Carvalho aparece com 36,8%. Esse levantamento foi realizado entre os dias 15 e 17 de outubro, com 600 entrevistados e margem de erro de 4 pontos percentuais, registrado com o número RO-04144/2024.

As disparidades entre os resultados das pesquisas não são apenas numéricas, mas refletem cenários eleitorais completamente distintos. Enquanto a Quaest e a Phoenix indicam uma disputa acirrada, com leve vantagem para Mariana, o IAPE e a Futura Inteligência sugerem uma virada significativa de Léo Moraes. Tais diferenças levantam questionamentos não apenas sobre a metodologia adotada por cada instituto, mas também sobre a influência que esses levantamentos podem ter sobre o eleitorado indeciso.

Independentemente de quem saia vencedor no segundo turno, os erros crassos apontados pelas pesquisas evidenciam a fragilidade dos levantamentos eleitorais em Porto Velho. A realidade das urnas, no próximo domingo, será decisiva para aferir quais institutos de fato retrataram com maior precisão o comportamento do eleitorado portovelhense, ou se haverá uma nova onda de críticas às metodologias aplicadas.