CRISE POLÍTICA Macron se reúne com líderes e diz que vai nomear novo premiê até quinta-feira (12) Publicada em 11/12/2024 às 10:07 Mergulhado em crise política, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira (10) que pretende nomear um novo primeiro-ministro em até 48 horas. A declaração, relatada à agência de notícias AFP por políticos que se reuniram com o líder, sinaliza uma tentativa de amainar a tensão no país dias após a destituição do premiê Michel Barnier, que estava no cargo havia apenas 90 dias. Macron reuniu as lideranças partidárias, com exceção da esquerda radical e da extrema direita, no Palácio do Eliseu, a sede da Presidência, em Paris, para tentar formar um "governo de interesse geral", de acordo com interlocutores que participaram do encontro. Trata-se de um novo esforço do presidente para retirar a França da crise política que explodiu em junho, quando Macron decidiu dissolver a Assembleia Nacional após bom desempenho da oposição no pleito ao Parlamento Europeu. Em setembro, ele escolheu Barnier para substituir Gabriel Attal no cargo de premiê. Apenas três meses após a nomeação, contudo, o Parlamento francês aprovou na semana passada uma moção de censura ao governo, o que provocou a destituição de Barnier, o mais breve premiê desde 1958. O pretexto para o voto de censura foi a decisão de Barnier de impor o orçamento de 2025 sem passar por votação no Parlamento, invocando o artigo 49, alínea 3, da Constituição francesa. O recurso ao "49.3", como é chamado, era inevitável porque Barnier não conseguiu convencer a líder da ultradireita, Marine Le Pen, a apoiar o orçamento proposto, que prevê economia de € 18 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões). As eleições antecipadas, que ocorreram após a dissolução da Assembleia Nacional, deixaram o Parlamento sem uma maioria clara e dividida em três blocos: esquerda, centro-direita e extrema direita. Diante de impasses políticos, a pressão sobre Macron vem aumentando desde então, notavelmente porque a França, que tem níveis altos de déficit público, ainda não tem aprovado o orçamento para 2025. Socialistas, ecologistas e comunistas decidiram participar da reunião nesta terça, mas os dois primeiros já avisaram que as negociações para um governo estável terão de "continuar sem Macron". O líder socialista, Olivier Faure, disse após o encontro que o presidente "não está em posição de ser o árbitro". É provável que um acordo não seja firmado tão breve, entretanto. Os socialistas querem que o próximo primeiro-ministro seja de esquerda, enquanto a líder dos Verdes, Marine Tondelier, afirmou que o partido não faria parte de um governo ao lado dos Republicanos, legenda conservadora. Ao final da reunião de mais de duas horas, o presidente dos Republicanos, Laurent Wauquiez, disse que esperava a concretização de um acordo, mas descartou qualquer "contrato de governo entre pessoas que não compartilham a mesma visão" para a França. Os socialistas sugeriram que o governo deveria desistir de adotar leis por decreto -como Barnier tentou fazer antes de cair- e que, em troca, a oposição deveria desistir de "uma espécie de censura". "As coisas avançaram", disse Faure. Enquanto se espera que um novo premiê possa encaminhar a aprovação do orçamento para 2025, o atual governo deverá apresentar uma lei especial, nesta quarta, para que sejam cobrados mais impostos no ano que vem. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também Macron se reúne com líderes e diz que vai nomear novo premiê até quinta-feira (12) MPRO recomenda suspensão de concurso público em Cacoal e disponibiliza formulário para candidatos reportarem falhas Equipe da Semed visita obra de quadra poliesportiva da Escola Luiz Cabral de Souza Câmara Municipal de Rolim de Moura realiza sessão solene em homenagem ao Dia da Bíblia Vilhena vive caos mais uma vez após temporal que transformou avenidas da cidade em rios Twitter Facebook instagram pinterest