LEVANTAMENTO Rondônia é um dos estados com mais ações por desmatamento, mas indenizações não são pagas Publicada em 31/01/2025 às 15:02 Porto Velho, RO – Um estudo divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em 31 de janeiro de 2025 revelou que somente 5% das indenizações determinadas pela Justiça em casos de desmatamento ilegal na Amazônia foram efetivamente pagas. A pesquisa analisou ações civis públicas movidas pelo Ministério Público Federal (MPF) entre 2017 e 2020, apontando um aumento no número de processos judiciais, mas com baixa efetividade na responsabilização financeira dos condenados. O levantamento examinou 3.551 ações judiciais relacionadas ao desmatamento ilegal, abrangendo aproximadamente 265 mil hectares de floresta derrubada. Dessas, 57% chegaram a uma sentença até dezembro de 2023, um avanço em relação ao estudo anterior, que registrava decisões em apenas 18% dos casos analisados. O estudo também identificou 1.168 processos com recursos para a segunda instância. Entre as ações com julgamento de mérito, 65% das 303 sentenças analisadas até dezembro de 2023 foram favoráveis ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou ao MPF. No entanto, das 640 decisões que reconheceram a obrigação de indenização, apenas 5% resultaram em pagamentos efetivos. Os valores pleiteados pelo MPF totalizam aproximadamente R$ 4,6 bilhões, mas não há garantia de que os montantes arrecadados sejam destinados à recuperação ambiental das áreas degradadas. O estudo mostrou que quatro estados concentram a maioria dos processos judiciais relacionados ao desmatamento ilegal: Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso. Juntos, esses estados respondem por 90% das ações civis públicas e 70% das sentenças emitidas até o fim de 2023. A pesquisa analisou ainda os principais argumentos jurídicos adotados pelos magistrados e apresentou recomendações para aprimorar a responsabilização dos infratores ambientais. O trabalho foi conduzido pelos pesquisadores Hannah Farias, Jeferson Almeida e Brenda Brito. Eles destacaram a importância do papel do Poder Judiciário no combate à destruição da floresta, ressaltando que o MPF utiliza imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para identificar áreas desmatadas. Essas imagens são cruzadas com bancos de dados públicos, permitindo a elaboração de laudos técnicos que embasam as ações judiciais. As indenizações requeridas são calculadas conforme a extensão da área desmatada. O estudo aponta desafios na aplicação das sentenças e sugere medidas para aumentar a efetividade da responsabilização dos responsáveis pelo desmatamento ilegal. Entre as propostas estão o fortalecimento da execução judicial das decisões e a destinação clara dos valores arrecadados para a recuperação dos danos ambientais causados. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Rondônia é um dos estados com mais ações por desmatamento, mas indenizações não são pagas Nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Rondônia toma posse nesta segunda, 3 Proposta cassação de vereador, Banda do Vai Quem Quer reúne a imprensa, o confuso e violento trânsito da Capital Vereador Everaldo Fogaça cobra mutirão de limpeza urgente na praça da Bússola Deputado Cirone Deiró assegura recursos para novas salas de aula no Cernic Twitter Facebook instagram pinterest