OFENSIVA Comissão dos EUA intima big techs a informar sobre ordens de Moraes Publicada em 28/02/2025 às 10:14 O comitê judiciário da Câmara dos Estados Unidos, equivalente à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no Brasil, intimou oito big techs a fornecerem informações sobre ordens do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A intenção é reunir evidências de "como a censura internacional tem ferido as liberdades civis americanas", segundo nota do colegiado. "Empresas americanas estão soando o alarme sobre como a censura estrangeira prejudica as liberdades civis americanas. A X resistiu a ordens judiciais arbitrárias no Brasil e na Austrália que exigem a remoção global de conteúdo", diz trecho do documento enviado às empresas. Em outro trecho, o ofício cita o nome de Moraes. "No Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes emitiu, sob sigilo, ordens ilegais que forçam as empresas americanas a remover grandes quantidades de conteúdo ou enfrentar multas e ser banido do país". O ofício enviado foi enviado a Christopher Pavlovski, da Rumble, Linda Yaccarino, do X (ex-Twitter), Mark Zuckerberg, da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Andrew Jassy, da Amazon, Tim Cook, da Apple, Sundar Pichai, da Alphabet (Google), Satya Nadella, da Microsoft, e um responsável pelo TikTok nos EUA. O presidente do colegiado, o deputado republicano Jim Jordan, as intimou a mandarem as ordens a que as empresas foram alvos em diversos países, o que pode significar o envio de decisões sigilosas. A convocação foi feita dentro do trâmite de análise do projeto aprovado no colegiado nesta quarta (26) que impõe sanções a autoridades estrangeiras que violem a primeira emenda, de liberdade de expressão. A proposta "No Censors on our Shores Act" (Sem censores em nosso território) estabelece a deportação e o veto de entrada nos EUA. A aprovação da proposta ocorreu no mesmo dia em que o Departamento de Estado dos EUA, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, publicou mensagem no X com referência implícita a Moraes. O órgão do governo Donald Trump disse que punir empresas americanas por se recusarem a praticar censura vai contra os valores democráticos. A declaração do governo americano se refere à determinação de Moraes de suspender a plataforma Rumble no Brasil, sob o argumento de que a empresa descumpre decisões judiciais. O governo Lula (PT) reagiu por meio do Itamaraty, disse que a gestão do presidente Donald Trump "distorceu" as ordens do tribunal e lamentou o que chamou de "tentativa de politizar decisões judiciais". Nesta quinta, o próprio Moraes defendeu a soberania do Brasil e afirmou que o país deixou de ser colônia em 1822. Sem citar os Estados Unidos, o magistrado citou a independência do Brasil e a construção da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o nazismo. A ofensiva de aliados de Trump contra o ministro foi ampliada dias depois de o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ter conversado com diplomatas americanos sobre o tema, como mostrou a Folha, e diante de uma ofensiva de aliados de Trump contra Moraes, incluindo o bilionário Elon Musk. O filho de Jair Bolsonaro (PL) fez um périplo nas últimas semanas pedindo a autoridades dos EUA sanções contra o ministro do STF. Eles querem a cassação do visto do magistrado para os Estados Unidos como forma de pressionar os demais ministros do Supremo e aliviar o processo de análise das acusações contra o ex-presidente -algo difícil de ocorrer. Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO Leia Também Comissão dos EUA intima big techs a informar sobre ordens de Moraes Manutenção faz app do FGTS funcionar parcialmente Receita paga nesta sexta lote da malha fina do Imposto de Renda Caixa conclui pagamento da parcela de fevereiro do Bolsa Família Pix por aproximação começa a funcionar nesta sexta-feira Twitter Facebook instagram pinterest