Senador de Rondônia exalta valorização do povo negro durante o Carnaval de 2025

Porto Velho, RO – As escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo destacaram a cultura e a história da população negra em seus enredos no Carnaval de 2025. A recorrência do tema chamou a atenção do senador Confúcio Moura (MDB-RO), que comentou o fato em seu blog pessoal, ressaltando que as homenagens foram espontâneas e não fruto de um acordo entre as agremiações.

"Fiquei admirado com os enredos das escolas de samba deste ano. Parece que tudo foi combinado entre elas. Mas não foi. Foi por necessidade mesmo, que muitas escolas de São Paulo e Rio de Janeiro dedicassem a fazer justiça ao nosso povo negro", escreveu o parlamentar.

Os desfiles deste ano abordaram aspectos como as crenças, os heróis da resistência, os quilombos e as lutas do povo negro no Brasil. Além da exaltação de figuras históricas e da cultura afro-brasileira, o senador destacou a importância dessas manifestações para evidenciar a contribuição dos negros na formação do país. "Depois de ser escravizados, trabalharem debaixo do açoite, gerarem a riqueza para os senhores proprietários de terras e todo tipo de submissão – os negros, brancos e mestiços reconhecem a importância do povo negro em nossa formação", afirmou.

Confúcio Moura também ressaltou que, apesar do reconhecimento cultural, ainda há desafios estruturais a serem enfrentados para garantir equidade. "Temos a negritude em nosso sangue. Temos os seus costumes, os temperos, a musicalidade e a arte. Só ainda não ofertamos a eles as mesmas oportunidades", disse, pontuando que o racismo persiste na sociedade brasileira.

A abordagem das escolas de samba refletiu a luta por reconhecimento e reparação histórica, trazendo para a avenida temáticas que exaltam a resistência e a resiliência da população negra. Para o senador, essas narrativas foram um gesto de valorização e respeito: "Os enredos das escolas de samba fizeram justiça."

CONFIRA O TEXTO:

Enredos fazem justiça à negritude

Por Confúcio Moura 

09/03/2025 

Fiquei admirado com os enredos das escolas de samba deste ano. Parece que tudo foi combinado entre elas. Mas não foi. Foi por necessidade mesmo, que muitas escolas de São Paulo e Rio de Janeiro dedicassem a fazer justiça ao nosso povo negro. Principalmente às suas crenças, seus heróis da resistência, quilombos e lutas. Foi muito justo e bonito.

Depois de ser escravizados, trabalharem debaixo do açoite, gerarem a riqueza para os senhores proprietários de terras e todo tipo de submissão – os negros, brancos e mestiços reconhecem a importância do povo negro em nossa formação.

Temos a negritude em nosso sangue. Temos os seus costumes, os temperos, a musicalidade e a arte. Só ainda não ofertamos a eles as mesmas oportunidades. O racismo ainda campeia em nossas atitudes diárias. Uma falta de respeito do tamanho do céu. Os enredos das escolas de samba fizeram justiça.