EDITORIAL Máximo líder, Fúria ascende e Confúcio não está “morto”: os recados da Paraná Pesquisas em Rondônia Publicada em 23/08/2025 às 10:10 Porto Velho, RO – A nova rodada da Paraná Pesquisas em Rondônia deixa nítido que a política local começa a ganhar contornos mais definidos para 2026. O nome de maior destaque é o de Fernando Máximo, que lidera com folga os cenários estimulados para o governo do Estado. Em uma das simulações, ele atinge 32,2% das intenções de voto, superando com margem larga o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, que soma 20,8%. Em seguida aparecem Confúcio Moura, com 14,2%, e o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, com 11,7%. Outros nomes testados, como Sérgio Gonçalves e Samuel Costa, aparecem com índices inferiores a 3%. Máximo não apenas lidera em cenários amplos como também se consolida nos embates diretos. Em simulações de segundo turno, vence Adailton Fúria (49,6% a 27,8%) e Hildon Chaves (50,9% a 21,4%), e aparece em empate técnico com o senador Marcos Rogério, com 41,8% contra 39,5%. O desempenho reforça sua condição de favorito natural, ampliando a margem de manobra tanto para uma candidatura ao governo quanto para o Senado. O desempenho de Fúria, no entanto, é a novidade que dá corpo à disputa. Saindo de uma base municipal, ele alcança percentuais que superam os 20% em cenários principais, mostrando que sua imagem rompeu o limite regional. Em um dos quadros, figura com 18,4%, atrás apenas de Máximo e Rogério, mas à frente de Confúcio. A performance sugere que, mesmo sem uma estrutura consolidada em todo o estado, já se tornou uma presença a ser considerada seriamente no xadrez eleitoral. Confúcio Moura, por sua vez, não desaparece do mapa. Embora carregue a maior rejeição — 43,7% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele para o Senado em nenhuma hipótese —, o ex-governador ainda soma índices consistentes, variando acima de 13% em diferentes cenários para governador. Sua trajetória garante lembrança e algum lastro, ainda que sua viabilidade esteja condicionada a como enfrentará a rejeição em 2026. A corrida ao Senado também reforça a força de Máximo, que lidera com 46,1% das menções, seguido por Marcos Rocha, com 33,5%, e Silvia Cristina, com 31,6%. Quando Marcos Rogério é incluído nos cenários, ele aparece com 32,8%, e Máximo mantém a dianteira com 36,8%. Esse desempenho duplica sua centralidade, colocando-o na linha de frente das disputas majoritárias de 2026. O que os números revelam é que Rondônia tem hoje três movimentos claros: Fernando Máximo em ascensão consolidada; Adailton Fúria surpreendendo e projetando-se além de sua base; e Confúcio Moura, que, mesmo com forte rejeição, resiste no debate. É um quadro mais dinâmico do que o aparente domínio inicial sugeriria e que deverá pautar alianças e estratégias de comunicação já a partir de agora. Bolsonaro ainda é "o cara" em Rondônia, mas derrota de Mariana demonstra diminuição de sua influência a terceiros / Reprodução Somente depois de mapear o tabuleiro estadual, a pesquisa mostra também como Rondônia se insere no jogo federal. No cenário estimulado para a Presidência, Bolsonaro lidera com 54,4%, contra 22,4% de Lula. Quando Michelle Bolsonaro é testada, ela aparece à frente com 42,3%, e Tarcísio de Freitas chega a 28,8% em outro quadro, também superando o atual presidente. Na espontânea, mais da metade dos eleitores ainda não indica nome, mas Bolsonaro se destaca com 26,9%, frente a 11,7% de Lula. A avaliação da administração federal segue negativa: 63,3% desaprovam o governo Lula, contra 32,9% que aprovam. Em abril, a aprovação era de 30,7%, mostrando uma oscilação positiva, ainda insuficiente para alterar o quadro adverso. Mais da metade dos entrevistados, 51,9%, classifica a gestão como “péssima”. O retrato é inequívoco: Rondônia continua sendo território bolsonarista, tanto pela força do ex-presidente quanto pela rejeição consolidada a Lula. A dúvida remanescente não é se Bolsonaro mantém hegemonia, mas se o peso do seu nome continuará a render votos também a aliados e candidatos que o invocarem em 2026. A lembrança recente da eleição em Porto Velho serve como alerta. Em 2024, a então candidata Mariana Carvalho, do União Brasil, trouxe a Rondônia tanto Jair Bolsonaro quanto a ex-primeira-dama Michelle em atos de campanha. Ambos tiveram boa recepção no estado, onde o discurso contra Lula encontra eco. Ainda assim, Mariana foi derrotada no segundo turno pelo atual prefeito Léo Moraes, do Podemos. O episódio demonstra que, embora o bolsonarismo permaneça majoritário em Rondônia, o simples endosso da marca não garante vitória automática. Fonte: Redação | Rondônia Dinâmica Leia Também TCU mantém licença do Ibama para obras da BR-319 que ligam Rondônia ao Amazonas Edevaldo Neves solicita informações sobre afastamento de professores por problemas psicológicos Crescem candidaturas ao Senado, PLP da Lei da Ficha Limpa retirada da pauta, envolvidos na Cota de Gênero serão julgados? Ieda Chaves apresenta proposta para ampliar divulgação do Alerta Amber em Rondônia Deputado endossa ameaças de Eduardo Bolsonaro a ministros do supremo: “Nosso guerreiro” Twitter Facebook instagram pinterest