Os parlamentares Laerte Gomes (PSDB) e Alex Redano (PRB) terão as rédeas do Legislativo pelos próximos quatro anos
Porto Velho, RO – Depois de muito tempo a Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO) volta a dividir o Poder durante os quatro anos previstos para a duração de um mandato parlamentar.
Tomemos como exemplo as últimas legislaturas, onde comandaram o Legislativo Maurão de Carvalho; Hermínio Coelho, este no lugar do cassado Valter Araújo, e, um pouco mais distante, Neodi Carlos.
Todos eles direcionaram os rumos do parlamento regional pelo período ininterrupto traduzido em mandatos consecutivos, ou seja, dois biênios sucessivos.
Agora, com a cerimônia de posse da 10ª Legislatura, os membros da Casa de Leis resolveram partilhar o timão do navio, dando vazão ao que eles próprios definiram como “unidade parlamentar”.
O deputado Laerte Gomes, do PSDB, foi conduzido à Presidência da Mesa Diretora pelo primeiro biênio; quando o tempo de ofício do tucano encerrar, assume a cadeira-mor da ALE/RO o parlamentar Alex Redano, do PRB.
Essa dança das cadeiras é imprescindível à democracia, porquanto traz à tona e na prática os anseios populares registrados em manifestos acalorados tanto nas redes sociais quanto em outras searas de discussão – isso sem contar o resultado das urnas.
Há, no entanto, e é preciso registrar com veemência neste e nos próximos parágrafos crítica construtiva à posteridade, muitos mistérios envoltos a eleições de Mesas Diretoras Brasil afora.
Em decorrência dessa obscuridade, o povo, maior interessado nas questões internas travadas à penumbra das deliberações pelos seus eleitos, fica alheio à metodologia de escolha.
É uma questão que, mais cedo ou mais tarde, terá de sair dos escombros da legalidade para soltar ao plano de um embate moral acerca desses escrutínios.
Outro aspecto negativo que talvez precise ser revisto é a possibilidade de eleger ou reeleger chapas formadas para a disputa da Mesa Diretora no mesmíssimo dia. Embora o Regimento Interno seja permissivo quanto a isso, não seria um ato antirrepublicano, no mínimo?
O lado bom quando vislumbramos a conclusão das eleições do ano passado e agora, com os novos comandantes dos Poderes, é perceber que o clima de animosidade e acirramento político deu espaço ao bom senso, ao diálogo e uma possível confluência entre o Legislativo e o governo Marcos Rocha (PSL).
Agora, com cada peça no seu devido lugar no tabuleiro, chegou a hora de o Estado começar a progredir longe de entraves essencialmente políticos.
O presidente Laerte Gomes prometeu transparência e respeito entre Poderes, uma garantia que, efetivada, poderá respaldar ações urgentes na Administração Pública para um Estado tão necessitado, financeiramente combalido e, por incrível que pareça, berço de uma população ainda tão esperançosa.
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