Editorial – CPI do Judiciário: Rondônia quer lavar as togas, mas um senador cumpre pena, o outro sempre foi omisso e o último é... o Marcos Rogério

Editorial – CPI do Judiciário: Rondônia quer lavar as togas, mas um senador cumpre pena, o outro sempre foi omisso e o último é... o Marcos Rogério

No entanto, o trio eleito para a Câmara alta do Congresso Nacional tem mais uma chance de ouvir o povo rondoniense. Só mais uma!

Mude suas opiniões, mantenha seus princípios. Troque suas folhas, mantenha suas raízes. – Victor Hugo

Porto Velho, RO – A despeito do esforço retórico do senador da República Marcos Rogério (DEM) para enterrar na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal a CPI da Lava Toga, há, adiante, mais uma chance de redenção.

Mas é a última vez que o cavalo vai passar encilhado: logo, é montar como cavaleiro destemido no corcel indomável representado através dos anseios da população de Rondônia ou, na condição figurativa própria de um espécime orelhudo entre os mamíferos perissodáctilos, ser montado pela revolta social.

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Os acontecimentos da última semana comprovam que o Supremo Tribunal Federal (STF) excede a competência que lhe fora outorgada pela Carta Magna cidadã de 88 a fim de advogar em causa própria, pisoteando, sem constrangimento algum, em princípios constitucionais invioláveis – a exemplo das liberdades de expressão e imprensa.

O presidente Dias Toffoli e o ministro Alexandre de Moraes jogaram um galão inteiro de gasolina em cima das labaredas já altíssimas da fogueira inquisitorial acendida pela própria Corte tanto contra a instituição quanto seus representantes.

Com isso, o STF atiçou ainda mais a sanha dos facínoras, especialmente os intervencionistas ensandecidos do Art. 142, que, sob pretexto de agirem em prol da democracia, aproveitam o eterno cio da cadela do fascismo – como registrou o dramaturgo alemão Bertolt Brecht – para copular ideias ditatoriais.

E se a cachorra sem-vergonha resolver ter filhos...

Portanto, imprescindível a participação dos três senadores rondonienses para que a CPI da Lava Toga seja ressuscitada, investigue e dê transparência às informações de bastidores que dão vida ao estranho protagonismo dos tribunais superiores.

Se até Moe, Larry e Curly compreenderiam facilmente a necessidade exortada pela voz do povo, por que esperar menos de Confúcio Moura (MDB), Acir Gurgacz (PDT) e Marcos Rogério?

Acir foi reeleito em 2014 com 312.614 votos; já os “novatos” Confúcio Moura e Marcos Rogério receberam no ano passado, respectivamente, 230.361 e 324.939 mil votos. Quase um milhão de pessoas depositaram confiança nesses nomes e esperam retorno prático à fé concedida aos três.

O problema é que Confúcio Moura, enquanto governador, sempre foi omisso em relação a questões polêmicas e espinhosas; em vez de abordar esses assuntos mais complexos do dia a dia, usava – e usa – seu blog homônimo para falar a respeito da arte de socar, construção de máquina do tempo e demais bobagens, preterindo, como de costume, o debate público. Pelo retrospecto, a tendência é o emedebista fingir que o tema não existe.

Já o empresário Acir Gurgacz está cumprindo a pena imposta pelo próprio STF em decorrência da prática de crime contra o sistema financeiro. Ele terá coragem de bater de frente?

Por fim, o último é o Marcos Rogério, que pensou ter encarnado o arcabouço jurídico de Ruy Barbosa no momento em que traiu seus eleitores para sepultar a Lava Toga na CCJ. O que esperar dele agora que a discussão irá ao Plenário, conforme prometeu o presidente do Senado Davi Alcolumbre, o democrata do Amapá?

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Rondônia quer lavar as togas, mas não conseguirá enquanto os senadores eleitos pelo estado mantiverem a covardia e a omissão ocupando as cordas do varal.

Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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