Porto Velho, RO – É faxina no museu! A entrada de novos rostos à disputa pela cadeira mais cobiçada instalada no Palácio Rio Madeira obriga, desde já, as peças antigas ao requebrado a fim de sacudir a própria poeira.
Não são apenas as questões legais, a exemplo da sangria vivenciada pelo senador Ivo Narciso Cassol (PP) – condenado à cadeia pelo Supremo em 2013 – que irão definir os rumos das eleições 2018 em Rondônia; picuinhas antecipadas, bombardeio queimando a largada e outras pequenas bobagens que não enganam mais o cidadão são táticas antiquadas que chovem no molhado.
As pessoas exigem novidades, pois estão de saco cheio do mais do mesmo. Não exatamente o novo em termos de idade, embora nomes como Vinicius Raduan Miguel (REDE) e Jackson Chediak (PCdoB) estejam tão em voga quanto a ala dos denominados não políticos, a exemplo do prefeito de Porto Velho Dr. Hildon Chaves (PSDB), o ex-procurador-geral de Justiça Héverton Aguiar e Gilberto Barbosa, desembargador.
E se novo não significa exatamente novato, mas também uma oportunidade de inserir figuras públicas conhecidas há tempos em cargos ainda não ocupados, existem coringas na manga como o próprio vice-governador Daniel Pereira, do PSB – opção fortíssima referendada pelo resultado parcial da última enquete proposta pelo jornal eletrônico Rondônia Dinâmica.
Com 2346 votos em dois dias – a votação será encerrada na segunda-feira (16), Pereira já surpreende deixando para trás nomes fortíssimos do cacicado: Cassol, Mariana Carvalho (PSDB) e o próprio colega de legenda Jesualdo Pires, prefeito de Ji-Paraná, estão comendo poeira. Aliás, a frente dele apenas o empresário Acir Gurgacz (PDT), que trava batalha sangrenta com o ex-governador Narciso e já sente, de antemão, os primeiros efeitos das ofensivas homéricas desencadeadas em tempos de eleição.
Levando em conta nosso levantamento, Raduan também espanta com sua performance: mal colocou a cabeça para fora da janela e já desponta em terceiro lugar, demonstrando força e adesão à pré-candidatura.
O promotor Héverton Aguiar está na quinta posição, a despeito de não manifestar-se oficialmente acerca de candidatura e receber corriqueiramente inúmeros convites de partidos que o querem, obviamente, na condição de vice. A ideia das ofertas é robustecer a chapa que levá-lo e, de quebra, retirar da peleja postulação bem nutrida desde o nascedouro.
E há o presidente da Assembleia Legislativa (ALE/RO) Maurão de Carvalho (PMDB). Político antigo, coleciona mandatos como deputado estadual e sonha acordado com o Governo de Rondônia. Se não é novo nem em idade e muito menos na vida pública, o peemedebista inova já que, para chegar lá, adotou postura aglutinadora, pacifista e busca resolver quaisquer imbróglios que chegam ao Legislativo com saldo positivo a todos os envolvidos. O resultado? Praticamente não enfrenta – pelo menos até agora, ataques gratuitos promovidos pela marcha paralela que ruma às esteiras palacianas. É ele, ele mesmo e o próprio, tudo ou nada!
A pluralidade no xadrez é tão grande que gente acostumada a dormir no ponto e acordar eleita agora ingere rebite pra não cair do penhasco com caminhão e tudo.
Não existem mais sombra e água fresca quando o assunto é política e eleições em Rondônia. Agora são olhos abertos, pupilas dilatadas, pouco bocejo e passos ininterruptos: é o fim da vida fácil!
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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