Porto Velho, RO – Não há qualquer desculpa plausível para que o instituto de pesquisa mais confiável do Brasil – até então – não tenha detectado os efeitos efervescentes e contagiantes do bolsonarismo.
Até porque não se trata de um movimento que nasceu ontem, portanto os erros crasos espalhados por diversos Estados brasileiros carecem de justificativa.
O Ibope transcendeu ao direito de equivocar-se.
Em Rondônia, especialmente, os resultados vislumbrados após a apuração total dos votos foram desastrosos, foi um fracasso retumbante – irremediável.
E não estamos falando de um fato isolado. A empresa, conforme artigo publicado no Rondônia Dinâmica através da coluna ‘Visão Periférica’ no dia 23 de agosto já apontava as “Cag**** históricas do Ibope e as desastrosas consequências nas eleições em Rondônia”.
Na corrida pelo Governo de Rondônia, o instituto publicou na última rodada (05/10) Expedito Júnior (PSDB) em primeiro, com 43%; Maurão de Carvalho (MDB) em segundo, com 18% e Acir Gurgacz (PDT) em terceiro, com 15%.
Ibope errou feio, de novo
O resultado todo mundo já sabe. Não só o Coronel Marcos Rocha (PSL) foi muito bem votado e alçado ao segundo turno da disputa com Expedito Júnior, como o instituto não foi capaz de antecipar o crescimento meteórico de Vinícius Miguel (REDE), a quem dava, na mesma apuração, míseros 6% de intenção de votos.
Para o Senado, a coisa piora. O ex-governador Confúcio Moura, do MDB, foi colocado sempre na primeira posição –com larga vantagem em relação ao segundo colocado em todas as sondagens, ora com Fátima Cleide (PT), depois com Valdir Raupp (MDB) e por fim com Marcos Rogério (DEM).
Na última rodada, acertou os eleitos, mas errou tanto a posição quanto a margem de votos; em relação as demais posições, outro desastre. Jaime Bagattoli (PSL) surgiu com 5% na aferição derradeira, mas quase tirou o cargo do veterano Confúcio Moura na reta final. Marcos Rogério terminou na ponta, com louvor, destoando todas as projeções Ibope do início ao fim da campanha.
Passou da hora de o instituto decretar falência.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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