QUEM VAI PARA O SEGUNDO TURNO CONTRA BOLSONARO, O ENCANTADOR DE MULTIDÕES?
A pergunta óbvia agora é: quem vai para o segundo turno contra Jair Bolsonaro? Porque com Lula fora do páreo, depois de ficar fazendo de conta que poderia disputar a Presidência, mesmo condenado em segunda instância e mesmo na cadeia, há uma certeza em relação à disputa nacional: o representante da direita estará sim, na reta final da corrida ao Planalto. A única surpresa da decisão dos ministros do TSE em defenestrar Lula do processo eleitoral, foi o voto lastimável do ministro Edson Fachin, que fez um longo e tenebroso discurso, recheado de um esforço inominável para jogar sua biografia como jurista no lixo da História.
A ideologia se sobrepujou a tudo o que ele tem feito de positivo, por exemplo, na Lava Jato. Egocêntrico e querendo se postar como o mais digno dos juristas, falou tanta bobagem, evocou tantas excrescências, que, no final, se equiparou aos piores momentos do Supremo. Fachin se expôs em rede nacional, defendendo o indefensável, deixando todos de queixo caído. Terá o julgamento da História, sem dúvida. Provavelmente ainda se arrependerá muito ao tentar salvar a candidatura inviável do “cumpanheiro”!
No mais, o TSE agiu como deveria agir. Tirou da disputa o grande responsável pelo caos em que se meteu nosso país. Aquele que, com sua demagogia, com seu autoendeusamento, formou uma quadrilha para assaltar os cofres públicos, escudando-se atrás de uma ideologia de esquerda que, ela sim, mas apenas ela, por si só, merece respeito. Lula, o pai dos pobres, transformou-se também no pais dos ladrões, que assacaram contra a Pátria e quase a destruíram.
É dele também e da sua turma, a culpa pelo surgimento de Bolsonaro, que tem chances reais de ganhar a eleição, mesmo com todo o seu discurso que beira à virulência e a antidemocracia.
Jair Bolsonaro esteve em Porto Velho, na sexta e em Rio Branco no sábado. Por aqui, foi tratado como celebridade. Nunca, em toda a sua história, o aeroporto da Capital teve um público sequer parecido com o que gritava o nome do presidenciável e o chamava de Mito.
Famílias inteiras berravam por Bolsonaro, imaginando nele a única solução para um país em que o PT e seus aliados destruíram e que os demais presidenciáveis não têm coragem para dizer, com todas as letras. Bolsonaro tem. Quem, entre seus adversários, poderá mobilizar multidões em aeroportos? Lula fez nascer Bolsonaro. O Brasil está agora nessa encruzilhada.
Seu futuro vai depender, ao que tudo indica, de um homem duro, sem cultura, mas tão esperto quanto seu arquiadversário. Bolsonaro sabe falar também a linguagem do povão, que está enojado com a esquerda, com suas palavras de ordem, com seu politicamente correto e com suas falácias. No final das contas, ao que tudo indica, não importa quem ganhe, seja quem for que ocupe a Presidência, corremos o risco de sermos todos perdedores. Lamentável!
SEMELHANÇA COM JÂNIO QUADROS
Jornalistas, mesmo os mais experientes, jamais viram cenas como as que se registraram no aeroporto Jorge Teixeira. Pessoas prensadas contra as paredes; mulheres passando mal, criança chorando, gritaria geral perto do histerismo. Jair Bolsonaro é um fenômeno, que não se duvide! Muito mais do que o foi Fernando Collor de Mello, nos anos 90, porque ele jamais mobilizou tanta gente. Algo semelhante na História do Brasil só no início dos anos 60, quando o mato-grossense Jânio Quadros, que fez sua carreira política em São Paulo, ganhou a eleição presidencial, usando uma vassourinha como símbolo. Ele avisava que ia “varrer a sujeira” do Brasil e caiu nas graças da grande maioria da população, que o recebia como ídolo. A História lembra que Jânio ficou apenas alguns meses no poder, depois de criar leis através de bilhetinhos; proibir o uso de biquíni e a brigas de galo, entre seus famosos feitos. Renunciou em 25 de agosto de 61, oito meses após assumir o governo. Começou então a crise que culminou com o golpe militar de 64. O resto, a gente sabe.
IBOPE E BIG DATA: O QUE DIRÃO AS PESQUISAS?
A semana começa com a perspectiva de duas novas pesquisas, que estão sendo realizadas em Rondônia e cujos resultados serão anunciados entre a segunda e a terça-feira. Um deles é o Ibope, que deve anunciar números da sua segunda avaliação, desde que as candidaturas ao Governo e ao Senado foram postas. A outra é do Instituto Big Data, contratado pela Rede Record, que anunciará pela primeira vez uma pesquisa de opinião pública realizada no Estado. O que elas dirão? Virão com números semelhantes ou trarão diferenças acentuadas? No primeiro levantamento, do Ibope, Expedito Júnior saiu na frente dos seus concorrentes, o que, no geral, não foi contestado. O que foi considerado surpreendente, foi a segunda posição ao Senado da petista Fátima Cleide, atrás apenas de Confúcio Moura e à frente de Valdir Raupp, Carlos Magno, Jesualdo Pires, Marcos Rogério, Aluízio Vidal e o vereador e pastor Edésio Fernandes. Nas resultados das duas pesquisas que serão anunciadas nesta semana, Fátima confirmará essa performance? Expedito aparecerá novamente à frente ou poderá surgir alguma reação de Acir Gurgacz e Maurão de Carvalho? Expectativa é geral, tanto pelo Ibope quanto pelo novo instituto Big Data, contratado da respeitada Rede Record de Televisão.
ACIR CONTINUA CANDIDATÍSSIMO!
Acir Gurgacz reuniu a imprensa, na sexta, para reafirmar que é candidato ao Governo, mesmo depois que a Procuradoria Geral da República pediu ao STF que ele começasse a cumprir pena a que foi condenado, em ação que nada tem a ver com questões políticas. Gurgacz mantém sua certeza de que a Justiça Eleitoral concederá a ele o direito de concorrer. Ele irá até o fim, acabando com uma boataria dos últimos dias, de que o governador Daniel Pereira estaria conspirando para substituí-lo. Só conversa, sem qualquer indício concreto. Que Daniel gostaria de ser candidato, não há dúvida disso, até porque pesquisas feitas por institutos sérios e registradas na Justiça Eleitoral, dão a ele números muito positivos, numa eventual participação na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA. Acir, contudo, acabou com o assunto. Na coletiva aos jornalistas, garantiu que está na briga e entrou nela para ganhar. Não há, ao menos até que surja alguma decisão definitiva, qualquer possibilidade de que o senador decida abrir mão da sua candidatura. E ele continua sim com o apoio de Daniel Pereira. Claro que o quadro pode mudar. Mas até esse domingo, ele era esse. O resto é conversa, sem base na realidade.
CANDIDATO AO GOVERNO EM 22
O próprio Governador desmentiu qualquer movimento para se tornar candidato este ano, durante sua participação no programa Papo de Redação, com os Dinossauros do Rádio, na Parecis FM, na sexta. Explicou que sua decisão, anunciada há bastante tempo, continua a mesma: ele apoia Acir Gurgacz e os candidatos da coligação que o senador lidera. Ponto final. Questionado se está mesmo fora do processo, Daniel Pereira brincou: “sou candidato, mas só em 2022”. O que ele não disse, é que muitos dos comentários de que Acir sairia do páreo e quem entraria seria o próprio Daniel, saem de dentro do próprio Palácio Rio Madeira/CPA, sem a autorização do chefe, é claro. Muitos assessores não engolem a ideia de que o atual Governador abra mão de uma disputa eleitoral em que ele teria chances reais. É gente que certamente tem ligação mais política do que pessoal com o próprio chefe. Se o conhecessem, saberiam que não há argumento que o faça trair um acordo ou um parceiro. Enfim, faltando apenas um pouco mais de um mês para a eleição, o governador rondoniense só participará da disputa como membro do PSB e como eleitor. Urnas mesmo, para ele, só em 2022. Será mesmo?
NÃO SERÁ SÓ OBA OBA!
Cenas bonitas, discursos vigorosos, pra cima, muitos sorrisos, otimismo ululante! Assim se poderia resumir os primeiros programas eleitorais dos principais nomes na disputa pelo Governo do Estado e pelo Senado. Acir Gurgacz convidou a população para uma grande caminhada; Maurão de Carvalho homenageou várias cidades do Estado, que o apoiam; Expedito falou em transformar o Estado, ouvindo a população e Pimenta de Rondônia falou em projetos sociais para melhorar a vida das pessoas. Como pano de fundo, músicas, jingles, cenas dos candidatos no meio do povo. Nos próximos dias, os candidatos vão começar a falar mais claramente das suas propostas, para alguns dos setores mais importantes. Ah! Antes que a gente esqueça: na campanha ao governo, vai ter pauleira também. Assuntos como precatórios, obras públicas não finalizadas, dívidas de campanha, inelegibilidade, impugnações e outros mais pesados, daí para cima, começarão a esquentar a disputa, mais à frente. Só não haverá um confronto mais duro, caso fique claro que a tática que está sendo planejada, não mudará o rumo do voto.
UMA LUZ NA HISTÓRIA DA CERON
O leilão das estatais de energia ocorreu na semana passada, mesmo com toda a pressão dos servidores da Eletrobras e de setores aparelhados pela esquerda, que defendem um funcionalismo como dono do país, desde que “nosotros”, que não somos servidores, paguemos a conta. A Ceron foi também privatizada, felizmente. Uma estatal com obesidade mórbida, inoperante, prestadora de serviços ruins, cobrando uma energia das mais caras do Brasil, agora tem pelo menos uma chance de ir em frente e atender as reais necessidades de Rondônia e não apenas de um grupo que a domina há décadas. Claro que haverá prejuízos aos funcionários, que têm todo o direito de reivindicar e protestar. Mas, de outro lado, o consumidor tem também o direito de comemorar uma estatal a menos, que vive no prejuízo (a Ceron teve mais de 1 bilhão e 600 milhões de reais negativos, só como exemplo) e para a qual ele não mais terá que desembolsar seu rico dinheirinho, ganho com tanto suor, para cobrir buracos de empresas ineficientes dos governos. Quanto menos a presença do Estado, mais chance das coisas darem certo e o país voltar a crescer.
ACIDENTE FERE TIZIU E MAIS TRÊS
O ex deputado estadual e novamente candidato à Assembleia, Tiziu Jidalias, junto com outras três pessoas que o acompanhavam na campanha, sofreu um grave acidente de trânsito, nesse sábado. Ele estava indo para Alto Paraíso, para encontro com eleitores, quando sua camioneta perdeu o controle numa curva e caiu numa ribanceira. Um dos membros do grupo, o fotógrafo Cláudio Santos, teria tido ferimentos mais sérios. Tiziu e as outras duas pessoas – sua esposa, dona Teresa e o assessor Ezequias Miranda - também ficaram feridos. No final da tarde deste sábado, segundo informações vindas de pessoas que integram o grupo político de Tiziu, ele estava internado na UTI em um Hospital de Ariquemes, muito mais por prevenção do que por riscos maiores. Havia otimismo entre todos os familiares, amigos e correligionários de Tiziu Jidalias de que ele sairá do episódio sem sequelas e bem de saúde. Nas próximas 48 horas é que se saberá, com mais exatidão, se houve algum dano mais preocupante. Centenas de candidatos nessa eleição percorrem cada recanto do Estado, enfrentando todos os tipos de estradas e rodovias. Há que se redobrar os cuidados, por tudo o que o perigoso trânsito rondoniense tem causado de perdas e danos a tantas vidas, nos últimos tempos.
PERGUNTINHA
Você concorda com a decisão do TSE que impugnou a candidatura do ex Presidente Lula ou apoia o voto isolado do ministro Edson Fachin, que queria vê-lo participando da campanha?
Autor / Fonte: Sérgio Pires
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