Porto Velho, RO – O ex-governador João Aparecido Cahúlla, que administrou Rondônia pelo curto período de oito meses durante o ano de 2010, foi sentenciado em abril de 2012 pelas mãos da juíza de Direito Inês Moreira da Costa, da 1ª Vara da Fazenda Pública, pela prática de improbidade administrativa.
A magistrada o responsabilizou pela destruição total de uma camionete Toyota Hillux – veículo oficial de luxo – utilizada à época em que Cahúlla ainda era vice-governador.
No dia 18 de setembro de 2008, segundo o Ministério Público (MP/RO), João Aparecido viajava com amigos pela Linha Vicinal 95, Zona Rural de São Francisco do Guaporé, acompanhado de amigos no veículo Toyota Hillux, que acabou colidindo com um ônibus Mercedes Benz. O ônibus, à ocasião, trafegava no sentido contrário.
O acidente causou comoção pelas mortes do advogado França Guedes, do sargento Adevaldo Lima, da Polícia Militar, e do servidor público aposentado Ari Mineto – confirme noticiou o site Tudo Rondônia à época.
RELEMBRE
Rondônia de luto com a trágica morte de França Guedes
José Dionísio, ex-comandante do Corpo de Bombeiros, e o próprio ex-governador Cahúlla sofreram escoriações pelo corpo, mas foram salvos.
Chegou a hora de pagar a conta
Quase dez anos após a tragédia – que só ocorreu porque um veículo oficial fora utilizado para fins particulares – chegou a hora de João Cahúlla pagar a conta.
O Núcleo de Análises Técnicas (NAT) do MP/RO chegou ao valor total de R$ 286.510,60 após considerar correções e juros a partir do débito original – R$ 98.601,00.
Para quitar seus débitos com os cofres públicos de Rondônia, Cahúlla propôs, através de sua defesa, que a dívida fosse parcelada em 60 vezes e debitada diretamente na folha de pagamento do ex-governador no Governo do Estado.
Tanto MP/RO quanto o próprio Estado de Rondônia não aceitaram, solicitando nova proposta.
Com isso, nova proposta fora apresentada reduzindo a possibilidade de pagamento de 60 prestações para 48, no valor unitário de R$ 5.968,97.
Pensão vitalícia
O único vínculo de João Cahúlla com o Estado de Rondônia é a pensão mensal vitalícia concedida a ex-governadores até 2011 – a qual obteve legalmente através de lei já revogada.
Em janeiro deste ano, por exemplo, o ex-governador recebeu R$ 25.322,25 brutos; com os devidos descontos sobraram, líquidos, R$ 19.228,00. Se a Justiça acatasse a proposta e os descontos começassem sobre o valor líquido mencionado, restariam, ainda, R$ 13.259,03 mensais – livres.
As partes e a própria Justiça ainda não chegaram a um denominador comum acerca da questão.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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