Destaques da coluna: após ser comprado por R$ 20 milhões, prédio onde funcionava Hotel Vila rica pode desabar caso seja reformado e adaptado para receber salas de aula; e o Ministério Público e o Judiciário escolhem onde o Governo de Rondônia irá aplicar seus recursos
O MEDO DOMINA A ESCOLA: UM “DIMENOR” DROGADO E COM APOIO DOS PAIS, APAVORA A DIREÇÃO, PROFESSORES E ALUNOS
O marginal é um doente social. “Dimenor”, agride colegas, inferniza a todos ao seu redor, envolve-se com drogas, bate em outros estudantes. Expulso de uma escola, foi para outra, onde age cada vez com mais violência. Agora, na Escola Rio Branco, causou tanto medo que até uma professora se viu obrigada a registrar um boletim de ocorrência contra o marginal. Em pouco tempo, descobriu-se um dos motivos pelos quais o rapaz age dessa forma: seus pais, ao invés de dar-lhe educação e exigir que ele deixe de ser o canalha que é, lhe dão razão.
E passaram a ameaçar a professora que o denunciou, assim como o diretor da escola. As ameaças partem dos pais do aluno/marginal, expulso da Escola Orlando Freire por uso de drogas, furto e um histórico de violência. Aceito na Escola Rio Branco, continuou com sua sina de terror. O caso é um dos muitos, registrados tanto em Rondônia como em outas regiões do país, onde bandidos menores de idade agridem professores e colegas e, quando “apreendidos”, saem sempre pior do que entraram. E quando tem o aval dos pais, mesmo com tudo o que causam de ruim à sociedade, aí tudo se torna pior. Enquanto as leis que protegem esses pequenos criminosos continuarem os tratando como “incapazes”, eles se sentirão seguros para continuar cometendo todos os tipos de delitos.
O caso do menor, que já cometeu vários delitos, mas continua livre, leve e solto e ainda com o aval do papai e da mamãe é sintomático. O Sintero decidiu agir em defesa da professora e também do diretor da Escola Rio Branco, que igualmente estaria sendo ameaçado pelos pais do jovem problemático. Denunciou o caso a vários autoridades e exigiu providências. Fala para o vazio. Enquanto não completar 18 anos, o agressor continuará sendo tratado como um coitadinho, que não sabe o que está fazendo.
É esse o Brasil que o aparelhamento do Estado, das suas instituições e, claro, a criação de leis pífias e contra a sociedade (das quais seus autores deveriam se envergonhar) que a esquerdalha empurrou goela abaixo a todos nós. Bandidos, marginais, psicopatas, doentes sociais, podem cometer os crimes mais brutais, que, no máximo depois de três anos “apreendidos”, são considerados primários, como se nada tivessem feito.
Quando os pais se associam para apoiar esse tipo de marginal “dimenor”, tudo piora. Mas nem o meliante e nem os responsáveis por ele respondem pelos crimes cometidos. Então, no caso desse jovem, pego pela polícia várias vezes e sempre retornando às ruas, cada vez pior, resta apenas torcer para que nem ele e nem seus familiares cumpram as ameaças feitas aos professores. Só torcida e reza, porque se depender de punição exemplar, só quando o Congresso Nacional e o governo brasileiro criarem vergonha na cara e mudarem imediatamente essas leis bandidas, feitas sob medida para bandidos.
De todas as idades...
OPERAÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA
Uma operação policial realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, realizou a prisão de 13 pessoas (oito já foram soltas no mesmo dia) ligadas à administração estadual passada. Investigações que começaram em 2017, teriam levada à realização da mobilização da polícia, em função de desvios que teriam acontecido em negociações da Sesau com uma empresa aérea. Para as autoridades que realizaram o trabalho investigativo e, agora, a operação em si, houve crimes cometidos. A verdade é que tem que se ter cuidado com tais questões, porque elas certamente destruirão as vidas de pessoas que, lá na frente, poderão ser consideradas inocentes. As denúncias dizem que foi feita uma concorrência direcionada, embora todos os sistemas de fiscalização do governo Confúcio Moura (quando isso teria acontecido), tenham consideradas corretas as etapas da licitação, assim como o contrato. Aliás, contrato renovado novamente agora, na administração de Marcos Rocha. Como a polícia não deu informações mais detalhadas e apenas permitiu vazamentos de alguns detalhes, não se pode fazer juízo de valor, ainda. O que se espera é que, se houve mesmo crime, que eles sejam provados e os culpados paguem por eles. Assim como que sejam inocentados os inocentes. Tudo está OK. Menos, mais uma vez, uma operação feita ante os olhos da mídia, como espetáculo, em que os suspeitos já são condenados pela opinião pública, antes de qualquer julgamento na Justiça. É justo? Estão se cumprindo os preceitos democráticos de leis iguais para todos? Que cada um analise e tire suas conclusões.
VINTE MILHÕES DE REAIS PERDIDOS?
O Hotel Vila Rica já foi um dos mais importantes da região norte. Hoje, abandonado, é um dos prédios fantasmas que assolam a avenida Calos Gomes, uma das principais do centro de Porto Velho. Mesmo assim, o Vila Rica se transformou no centro de um grande e péssimo negócio. Comprado pela Faculdade Católica para ser transformada numa Universidade, o prédio teria que ser adaptado para a abertura de salas de aula. Cada quatro apartamentos, seriam transformados em uma sala. Não deu! O problema é que os engenheiros avisaram aos novos donos do prédio que, caso fossem mexer em qualquer estrutura, tudo poderia desabar. Ou seja, o prédio só pode ser utilizado do jeito que está, para que não haja risco algum de acidentes e até desabamentos. Só que esse alerta foi dado depois que o negócio foi fechado, num valor de perto de 20 milhões de reais. E agora? Ao que parece, a negociação não tem mais como ser cancelada e os compradores do Vila Rica estão arrancando os cabelos, em busca de uma solução. Parece que o prédio só pode ser mesmo usado para ser um hotel, sem chances de que seja transformado em escola. Uma perguntinha simples, de um leigo, que não entende muito de negócios e muito menos de engenharia: não seria o caso de ter feito avaliação da situação do prédio antes de comprá-lo?
CARTÓRIOS: MAIS UM CAPÍTULO
O caso dos cartórios continua bombando. Na Assembleia, o projeto de veto que o ex governador Daniel Pereira, mantendo as taxas para Ministério Público, Procuradoria Geral e Defensoria Pública está parado. Os deputados ainda não decidiram se acatam o veto e mantém as taxas ou as derrubam. Haveria uma negociação, nos bastidores, para que a Assembleia derrubasse o veto, cortando as taxas, desde que o Governo mandasse outro projeto, repondo as mesmas taxas, mas com percentuais bem menores. Não se sabe ainda até onde esse assunto vai continuar, na medida em que ele mexe com toda a estrutura do setor cartorário. Sobre o assunto, aliás, uma das representantes do setor, Luciana Fachin, escreveu, especialmente para a coluna, o seguinte texto, que vai entre aspas: “não importa o quanto seja importante o nosso trabalho e a segurança jurídica que proporcionamos aos cidadãos; não importa que lutemos para que o povo pague o preço justo do nosso serviço (afinal, fazemos às vezes de Estado e respondemos com nosso patrimônio, por qualquer prejuízo que por ventura causemos); nada importa! Sempre seremos os vilões e ricos. Parece que desconhecem que milhares de cartórios sobrevivem com a renda mínima, para poderem prestar o serviço de registro civil em qualquer canto desse país. O dia em que nosso serviço acabar ou voltar para as mãos do Estado, o povo vai lamentar profundamente!”.
O ELEITO MANDA CADA VEZ MENOS
É democracia, quando o eleito pelo voto da população, não tem o direito constitucional de decidir sobre prioridades nos investimentos da sua administração? Quando o Ministério Público e o Judiciário atuam como se tivessem os superpoderes de determinar onde os parcos recursos dos cofres públicos têm que ser aplicados, quando não se trata de verbas pré determinadas, pela Constituição Federal? Pois em Rondônia o MP e o Judiciário de primeira instância, decidiram que agora também a prioridade em obras é deles e não de quem foi legitimamente eleito. Foi o que aconteceu aqui mesmo em Rondônia, onde o MP teve aval do juiz Hedy Carlos Soares, para bloquear quase 31 milhões de reais das contas do Estado e do DER, para consertos na RO 460, que dá acesso à Buritis, no Vale do Jamary. Ou seja, se a decisão surpreendente persistisse (obviamente será derrubada, porque é ilegal e inconstitucional) a partir de agora a questão sobre os investimentos de Prefeituras, Estados e da União seriam obrigados a acatar decisões judiciais, por mais estranhas e anticonstitucionais que fossem. No texto sobre o assunto, o MP caracteriza a decisão como “uma vitória do povo”. Não parece frase de campanha política? Ou seja, a partir de agora, se essa excrescência prevalecesse, não precisaríamos mais eleger representantes nas urnas. Bastava acertar com o MP e com o Judiciário o que deveria ser feito com os recursos públicos e tudo estaria resolvido. Não é impressionante?
“TEM QUE DAR CALOR HUMANO, PEGAR NA MÃO!”
Tem sim que se comemorar e compreender a emoção do secretário de saúde do Estado, Fernando Máximo, que gravou um vídeo vibrando com a novidade: a chegada de 44 novos médicos do programa Mais Médicos. No total, 18 municípios serão beneficiados. Máximo destacou que o governador Marcos Rocha determinou todo o apoio a esses novos profissionais, que vão atender a população nas localidades mais distantes do Estado, como comunidades indígenas e ribeirinhos. O secretário da Sesau destacou, ainda, que a grande maioria dos médicos é de rondonienses. São jovens que estudaram fora do Estado e do país e que voltaram à sua terra, para cumprir essa importante missão. Nas boas vindas ao membros do Mais Médico, Fernando Máximo pediu, emocionado, “que honrem cada centavo do salário que recebem”. Pediu “calor humano, atenção, pegar na mão, cuidar as pessoas”. Para Porto Velho, ficarão cinco dos 44 profissionais. Eles vão atender nas localidades de Rio Pardo, Vista Alegre, União Bandeirantes e Extrema. Atualmente, a Semusa tem 35 médicos do programa, atuando nos distritos. Faltam ainda profissionais em Nazaré, Calama e Rio Pardo.
BARRAGEM ROMPIDA: SÓ UM SUSTO
Foi um susto, dos grandes, mas sem vítimas, felizmente. O rompimento de uma barragem em Machadinho do Oeste, ocorrida nesta sexta, não atingiu ninguém e não deixou danos maiores, a não ser dezenas de famílias isoladas.. Sem metais pesados, que pudessem causar danos ambientais (como a recente tragédia de Brumadinho, em Minas), o estouro da pequena barragem do distrito de Nova Oriente, foi causado por uma tromba d ´água, daquelas que inundam tudo quando chegam. A Secretaria do meio ambiente do Estado, a Sedam, já realizou o levantamento dos dados da barragem no Sistema de Gerenciamento de Mineração e na Agência Nacional de Mineração, atuando em conjunto com os órgãos responsáveis pelas vistorias e monitoramento, para ter mais detalhes sobre o rompimento e suas consequências. Até o sábado, a notícia de maiores danos relacionava-se com a queda de pontes, que acabaram isolando famílias que dependiam delas para seu deslocamento. No final de tudo, os problemas foram bem menores do que poderiam ter sido, caso a violência das águas que romperam a barragem tivessem atingido áreas residenciais. Nos próximos dias, os resultados dos levantamentos técnicos vão esclarecer exatamente o que aconteceu e as medidas que serão tomadas para evitar que o risco ocorra de novo.
PERGUNTINHA
Neste 31 de março, você vai hastear a bandeira do Brasil, cantar o Hino Nacional e saudar a Revolução que salvou o país ou vai para as ruas protestar contra a ditadura militar de 64?
Autor / Fonte: Sérgio Pires
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