DIAMANTES ABUNDAM EM RONDÔNIA. UMA PEQUENA PEDRA DE DEZ QUILATES PODE VALER ATÉ 4 MIL DÓLARES
Num determinado estado dessa enorme Nação brasileira, é moleza ficar rico, principalmente se cumprir algumas pequenas orientações. Ser amigo de caciques indígenas é uma delas. “Molhar” a mão de alguns deles, então, é vital. Rir dos discursos de autoridades que garantem que as áreas onde as riquezas existem são protegidas e nelas ninguém entra, também faz parte do cardápio. É Rondônia, claro! E ainda, se você for da turma que entra e sai da Reserva Roosevelt, dos índios Cinta Larga, a hora que quiser, já sabe: ficará rico em poucos meses.
Quando você encher a mão com alguns diamantes da maior pureza (tem que estar lá na área logo depois de uma forte chuva, para ver como algumas pedras parecem brotar do solo!), pode sair pela BR 364, em direção a Porto Velho, onde hoje se concentra o comércio ilegal e vender uma dessas pedrinhas maravilhosas.
Vamos usar um exemplo, bastante comum: que essa pedra tenha, vamos dizer, apenas 10 quilates. O valor pode chegar a até 400 dólares o quilate, por pedra bruta. Só nela, você poderia faturar, limpo, até 4.000 mil dólares ou algo em torno de 114.800 reais, hoje. Tirando suas despesas e a “gorjetinha” das propinas aqui e ali, num sistema de corrupção que não é combatido, você fica com uns 12 mil limpinhos. Por cada pedra de boa qualidade que vender.
E em Roosevelt, todas as pedras são de boa ou ótima qualidade. Claro que você terá que parar de vez em quando na estrada para aplacar seus ataques de riso, quando se lembrar dos discursos de “ambientalistas”, de ONGs e altas autoridades, garantindo que não há contrabando de diamantes, que os índios estão protegidos. Certamente deveriam é ser protegidos é dos Governos, que não permitam que eles tenham uma vida digna dos que preferem vê-los morrendo de fome ou de doenças, a permitir que eles usufruam das riquezas da sua terra.
A historinha acima é baseada em fatos muito reais. Basta conversar com quem conheça alguém que vive das nossas riquezas usurpadas, para saber como funciona o mercado de diamantes, quem enriquece com ele, para onde as pedras vão (quando lapidadas e transformadas em joias, podem valer até 20 vezes mais), que se terá todo o caminho da fortuna e do contrabando.
Mas como até agora o governo brasileiro preferiu o discurso vazio, idiota e absurdo, onde perdem os índios e toda a população, já que nossa riqueza vai embora e não fica para nos beneficiar um só tostão em impostos, se permite que contrabandistas e criminosos façam fortuna e que muito do dinheiro que nos é roubado acabe beneficiando até o crime organizado.
Será que finalmente, quando temos um novo governo que se diz patriota, os reais interesses da Pátria, nessa questão, serão respeitados? Será que o presidente Bolsonaro vai mexer nessa legislação esdrúxula e malandra, que só beneficia a corrupção e o crime? Enfim, está na hora de o Brasil mudar para melhor e acabar com essa vergonhosa estratégia de permitir que só criminosos usufruam do que é de toda a população.
ROCHA VAI MEXER NO OURO?
Na campanha, o governador Marcos Rocha avisou que, se eleito, iria trabalhar duro, junto ao governo federal, para modificar várias leis ambientais a serviço das ONGs e dos interesses internacionais e que iria começar a tratar da questão da exploração de ouro nos nossos rios, principalmente o Madeira, onde todos os anos saem toneladas do metal precioso e, para os cofres estaduais, fica zero. Recém tomando pé das questões do Estado, em pouco mais de duas semanas da posse, o Coronel Governador ainda não tratou desse tema, mas certamente vai tratar. No primeiro caso, em relação às ONGs, o governo Bolsonaro já começou a tomar medidas nesta semana, acabando com a farta distribuição de recursos para elas e para os famosos institutos disso e daquilo, que alimentavam (e ainda alimentam) o aparelhamento das instituições pelos petistas e seus aliados. Basta um número: a saúde indígena no país custa, por ano, mais de 1 bilhão e meio de reais. Esse dinheiro todo que vai para ONGs e entidades responsáveis pelos índios. Mais de 300 no total. Perguntem agora que brasileiro morre muito mais, por falta de atendimento e assistência à sua saúde? Os índios, ora!
PERDA DE MILHÕES DE REAIS EM IMPOSTOS
O novo Governador vai entrar sim na questão da exploração das nossas riquezas, incluindo ouro, diamantes, nióbio e tantos outros. Afora a cassiterita, regulamentada, praticamente todas as demais explorações são feitas por contrabandistas, sem que o povo de Rondônia se beneficie de nada do que é dele, por total direito. A questão do ouro envolve graves problemas, como agressões ao meio ambiente, com o uso de mercúrio e o desbarrancamento dos rios, pela ação da garimpagem em locais de risco. No próprio rio Madeira, se observa esses dois tipos de riscos à natureza. Obviamente que o Governo, tanto em nível local quanto nacional, pode propor uma nova legislação, que permita uma intensa fiscalização nas questões ambientais, que controle rigorosamente o uso do mercúrio e que seja acompanhado pelos órgãos de segurança pública. Não é possível que algo em torno de 150 milhões de reais por ano em impostos sejam ignorados pelas autoridades rondonienses. Marcos Rocha já avisou: vai proteger o ambiente de todas as formas, mas, ao contrário dos seus antecessores, não vai permitir que nosso ouro seja levado embora por contrabandistas, por omissão e por aceitar uma legislação pífia e ultrapassada. Vamos ver se ele vai agir mesmo e quando vai agir...
SALÁRIO DE JANEIRO NO DIA 29
Começou no primeiro mês de governo de Ivo Cassol, em 2003. Depois de longos períodos em que havia atrasos de salários do funcionalismo (o próprio Cassol herdou pelo menos três folhas atrasadas) felizmente, a nova mentalidade não parou mais. Durante seus sete anos e meio no poder e nos meses seguintes, quando ele saiu para disputar o Senado e seu vice, João Cahulla, assumiu o governo, os vencimentos foram pagos religiosamente. Foi assim no mandato de seis anos e meio de Confúcio Moura e nos sete meses de Daniel Pereira, seu vice, que concluiu o mandato agora, em dezembro passado. Pagar os servidores em dia se tornou um mantra para os governantes, desde pelo menos 16 anos. Agora, Marcos Rocha quer manter tudo exatamente como seus quatro antecessores. Vai pagar o funcionalismo dentro do mês trabalhado, sempre entre nos dias 20 e 29. Também seguirá os passos de Confúcio e Daniel, anunciando, poucos dias depois de assumir o poder, o pagamento do 13º salário em duas parcelas: a primeira em 10 de julho e a segunda em 9 de dezembro. O calendário de pagamentos já foi divulgado. No primeiro mês de governo, o dinheiro cai na conta dos servidores no dia 29 deste janeiro, uma terça-feira. A economia do Estado, que depende ainda muito do contra cheque, se manterá fortalecida. Comemore-se!
SENTENÇAS DIFERENTES, CASOS IGUAIS
Não deu outra. Um juiz federal cassou a liminar concedida por uma magistrada de Rondônia e autorizou a cobrança de algo em torno de 27,5 por cento a mais nas contas de energia da Energisa, a nova dona da Ceron. A juíza federal daqui, Grace Anne Monteiro, considerou o reajuste abusivo e o suspendeu, até que o assunto fosse novamente discutido e reavaliado. Já o presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira região, mudou tudo. Como tem ocorrido em centenas de casos judicializados no país, uma instância toma determinada decisão, a outra a muda e a terceira pode ainda modificar tudo. Não há questão importante que não acabe na Justiça. E, depois, se reclama que tudo agora, para o país funcionar, depende de sentenças judiciais. Por vezes uma completamente diferente da anterior e, com grandes chances de ser o contrário da próxima. A verdade é que a nova decisão não surpreendeu a todos. O reajuste, autorizado pela Aneel, é baseado em números e em questões técnicas. A Aneel e as empresas do setor estão se lixando se o brasileiro comum está quebrado e não consegue mais pagar os altos valores das contas de energia, dos impostos, das taxas... Isso, no contexto dos negócios, não é argumento.
PAGAMOS POR TUDO. SEM RETORNO!
Tem que se pagar e pronto. Não importa se o serviço é ruim; se estamos pagando energia roubada por quem continuará roubando, para continuarmos pagando; se os cálculos para o preço final da conta de energia sejam tão complexos que o consumidor comum nunca os entenderá. Importante é faturar. O consumidor: há! esse é apenas uma figura que merece ser depenada, sempre que se analisar como sustentar a obesidade mórbida do Estado! Muda tudo no país, menos a especialização em explorar o cidadão comum, em que o Estado, como um todo, tem doutorado e tem mestrado. Pagamos valores muito alto pelos serviços básicos, como energia, água, IPTU, IPVA e todas as taxas cobradas pelos Detrans, algumas pornográficas. Pagamos pela calçada da nossa casa, pelo lixo recolhido, pelo estacionamento em lugares que deveriam ser públicos. Pagamos por vigilantes, porque não temos segurança pública. Pagamos por livros caríssimos e material escolar com custos exagerados, mesmo em escolas públicas. Pagamos para andar em rodovias de boa qualidade, passando por dezenas de pedágios, alguns com preços abusivos e em estradas onde sequer há obras que são anunciadas, quando das privatizações. Ainda não pagamos, mas vamos pagar, pelo ar que respiramos. Em troca, todos sabemos o péssimo retorno que temos. Em (quase) tudo!
ASSALTO NOS AEROPORTOS
Dentro do mesmo contexto, vale questionar: você sabia que paga 31 reais e 27 centavos apenas para embarcar num avião, em qualquer grande aeroporto do país, incluindo o apelidado de “internacional”, de Porto Velho? E que daqui a um mês, você pagará 32 reais e 95 centavos, apenas para ter o prazer de entrar num avião, nesse Brasil que se especializou em assaltar o bolso do contribuinte? Isso mesmo. Aumentou o valor da taxa de embarque, mais uma excrescência inventada para tirar seu dinheiro, embora você já pague passagens aéreas caríssimas, algumas com preços superiores a uma viagem, por exemplo, do Brasil a alguns países da Europa. Mas a taxa de embarque aumenta todo o ano. Mesmo em aeroportos onde a guerra pelo dinheiro de quem os frequenta seja desumana. Comprar um copo de água mineral ou um simples lanche em alguns deles, no país inteiro, é um acinte. Pagar para embarcar num aeroporto como o de Porto Velho, onde os aviões não podem ser vistos pelo público e onde só recentemente foi instalado equipamento em que o passageiro não precisa mais andar na chuva e no sol para chegar às aeronaves, é uma brincadeira de mau gosto. Pior é em Brasília, onde os otários (quer dizer, os passageiros!) pagam oito reais por uma garrafinha de água mineral. Ou no Rio, onde um lanche pode custar perto de 20 reais. Nós, os pobres contribuintes, estamos mesmo ferrados, com essa mentalidade de nos assaltar, vinda de cima!
PERGUNTINHA
Você concorda que, com toda a crise que o Governo anuncia que o país está passando, sejam comprados 30 novos carros, superequipados, com preços que variam de 165 mil até 239 mil reais (o valor total supera os 5 milhões e 500 mil reais), apenas para atender o Presidente Bolsonaro e seu vice, o General Mourão?
Autor / Fonte: Sérgio Pires
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