Porto Velho, RO – No início da manhã desta quinta-feira (24), aniversário de Porto Velho, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Singeperon) alertou sobre o começo de incêndio na Casa de Detenção Dr. José Mário Alves da Silva, o Urso Branco.
Agora há pouco, foi informado ao jornal eletrônico Rondônia Dinâmica que há fumaça saindo também da estrutura interna do presídio Ênio Pinheiro, que fica no mesmo perímetro. A proliferação só não é maior por conta da chuva.
O Corpo de Bombeiros já foi acionado porque as estruturas não contam com extintores nem hidrantes para combater incêndio.
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Há tensão externa na região da Estrada da Penal com a manifestação de familiares dos presos, que, por sua vez, alegam impedimento de manter contato com eles.
O clima hostil fora acirrado desde que a entidade representativa dos agentes penitenciários passou a travar uma batalha contra o Governo do Estado de Rondônia em relação a acordos relacionados ao Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria.
Com isso, embora a greve dos agentes tenha sido impedida pela Justiça através da liminar, os profissionais desencadearam Operação-Padrão, também conhecida como Operação Tartaruga ou Greve de Braços Caídos. Em suma, esse modelo especial de paralisação mantém os serviços, mas os servidores os operam de maneira mais vagarosa, impondo dificuldades ao sistema até que se sobreponha um acordo entre o sindicato e o Executivo.
As rebeliões nas unidades carcerárias da Capital remetem a um passado sangrento recente, quando, em 2002, ocorreu a chacina do Urso Branco, caso que repercutiu negativamente a imagem do sistema penitenciário brasileiro em todo mundo.
À ocasião, os presos de alguns pavilhões começaram a assassinar internos do chamado "Seguro", onde ficavam os que eram ameaçados de morte. Eles viraram reféns. Pelo menos 27 homens foram sumariamente executados; alguns tiveram suas cabeças decepadas a golpes de facão.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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