A Prefeitura de Santo André confirmou nesta segunda-feira (1), que Arthur Araújo Lula da Silva, o neto do ex-presidente Lula, não morreu de meningite meningogócica, como havia sido previamente informado pelo hospital à época. O garoto de sete anos morreu no dia primeiro de março no Hospital Bartira, da rede D’Or.
De acordo com o comunicado da Secretaria de Saúde do município, exames feitos na criança descartaram a presença de meningite. O hospital ainda não se pronunciou sobre o caso e a real causa da morte de Arthur ainda não foi informada.
Também nesta segunda, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) publicou em seu perfil no Twitter que espera que o hospital “esclareça quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou antiético para com a família e irresponsável com a saúde pública da região”.
No sábado, o deputado disse para a Revista Fórum que Arthur não havia morrido de meningite, mas que não revelaria o motivo em respeito à família do menino.
Confira a nota na íntegra:
“Conforme amplamente noticiado, no dia 1°/03/2019 recebemos por volta das 14h20 a notificação de nº 5968951, informando que o paciente A.A.L.S, de 7 anos de idade, deu entrada no Hospital Bartira às 7h14 do dia 1°/03 com cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais. Evoluiu com confusão mental e o paciente veio a óbito por volta das 12h. O Hospital informou na notificação que o motivo do óbito foi meningococcemia (meningite). Apesar da notificação, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio Hospital Bartira, acusou bacterioscopia negativa.
Em face dessa constatação, na mesma data, a Secretaria de Saúde de Santo André, por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, encaminhou as amostras de sangue e líquor coletadas no Hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, que normalmente emite os resultados no prazo de 15 a 30 dias. Além de encaminhamento das amostras, realizamos esquema profilático dos comunicantes (pessoas com contato íntimo por mais de quatro horas diárias com o paciente nos últimos sete dias). Devido ao fato do paciente estudar em São Bernardo do Campo, a Vigilância Epidemiológica do referido município foi comunicada para que as medidas de profilaxia cabíveis fossem tomadas na escola, o que devidamente ocorreu.
As investigações foram finalizadas pela Secretaria de Saúde de Santo André, por intermédio do Departamento de Vigilância à Saúde, e segundo os resultados dos exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, foram descartadas: meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.
Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança.”
Autor / Fonte: Exame
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