Porto Velho, RO – Sem dirigir-se especificamente a qualquer veículo de comunicação, o ex-prefeito de Cacoal Padre Franco Vialetto (PP), da Itália, posou para fotos com o passaporte em mãos desmentindo suposta informação veiculada na imprensa dando conta de que o documento teria sido apreendido pela Justiça.
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Ex-prefeito de Cacoal, Padre Franco deixa o Partido dos Trabalhadores e filia-se aos Progressistas
A apreensão do passaporte fora, no entanto, solicitada pelo juiz de Direito Carlos Rosa Burck no dia 06 de abril, mas Vialleto havia regressado à Itália um dia antes da determinação judicial.
“Existem apenas dois processos judiciais em curso da época em que fui Prefeito, mas posso garantir que em nenhum dos dois processos é por por motivo de DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS como falsamente noticiaram”.
No final de suas declarações, o progressista alega ser vítima de perseguição:
“Declaro ainda que essa atitude desproporcional e desnecessária por parte do juiz de Cacoal foi motivo para que meus superiores na Igreja não autorizasse a minha candidatura a Deputado Federal, por verificarem que de fato existe uma grande perseguição política a minha pessoa. Mas como quem comanda a minha vida é Deus, o futuro a ele pertence. Um grande abraço a todos com saudades”.
Confira a íntegra do manifesto
DIREITO DE RESPOSTA
Venho a público, usando meu direito de resposta quanto ao que foi noticiado na imprensa de Rondônia de que meu passaporte foi apreendido em razão de processos judiciais em Cacoal da época que fui Prefeito.
Quando assumimos função pública é natural que respondemos por atos da administração, principalmente quando se é Prefeito, e comigo não seria diferente.
Existem apenas dois processos judiciais em curso da época em que fui Prefeito, mas posso garantir que em nenhum dos dois processos é por por motivo de DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS como falsamente noticiaram.
As contas do município durante esses oito anos, foram todas aprovadas pelos tribunais de contas da União e do Estado de Rondônia, e quando encerrei o segundo mandato deixei tudo em dia e muitos milhões de reais em caixa.
Uma administração pública municipal como a de Cacoal é impossível que se consiga cem por cento de perfeição, mas dentro das possibilidades, nas duas gestões fiz o melhor que pude com toda equipe técnica, para atender as necessidades da população.
Ao término do meu mandato retornei para Itália e assumi minhas funções de padre e missionário que sempre fui.
Meu advogado comunicou no processo judicial meu novo endereço na Itália e eu sempre estive à disposição da justiça para toda e qualquer audiência de acordo com a lei. Nunca me omiti. Tanto é verdade que fui informado pelo Advogado que o juiz ja havia decidido me intimar por carta rogatória a qual estou aguardando.
Eu estive em Cacoal no mês de Março de 2018 visitando meus amigos e celebrando missas nas comunidades, e não tinha nenhuma Audiência marcada naqueles poucos dias que lá estive.
A lei brasileira não me obriga a permanecer na cidade à espera de um dia ser intimado para audiência, porque apesar de ser naturalizado brasileiro, sou italiano e nada me impede de estar em qualquer país do mundo desenvolvendo minha missão de padre. É por isso que existe na lei brasileira o requisito da CARTA ROGATÓRIA para me intimar onde eu estiver.
Sai do Brasil no dia 5 de Abril com Passagem que eu já havia comprado e marcado há dois meses antes. E ao chegar na Itália no dia 6 de Abril fiquei sabendo que o juiz da vara de Cacoal, Carlos Burck, havia determinado a apreensão do meu passaporte naquele mesmo dia 6.
Declaro que nunca tinha sido intimado para essa audiência antes e que não houve apreensão do meu passaporte em momento algum, até mesmo porque eu já me encontrava aqui na Itália. Também não sou impedido de retorno ao Brasil porque não cometi nenhum crime que impeça meu direito à liberdade de ir e vir.
Gostaria muito de poder estar em Cacoal e responder a essa audiência pessoalmente, mas como tenho minha função no sacerdócio, por hora estou a trabalho na Itália, o que não inpede que eu retorne a Cacoal num futuro breve.
Declaro ainda que essa atitude desproporcional e desnecessária por parte do juiz de Cacoal foi motivo para que meus superiores na Igreja não autorizasse a minha candidatura a Deputado Federal, por verificarem que de fato existe uma grande perseguição política a minha pessoa. Mas como quem comanda a minha vida é Deus, o futuro a ele pertence. Um grande abraço a todos com saudades.
Padre Franco Vialetto
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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