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Porto Velho, RO – O vitoroso Confúcio Aires Moura, ex-governador e candidato ao Senado, demonstrou sua força política ao enfrentar e vencer com maestria a guerra intrapartidária passando para trás experientes nomes do cacicado emedebista como o próprio congressista Valdir Raupp e o presidente regional da legenda Tomás Correia – o homem do moquetaço.
Mas sombras do passado ainda perseguem Moura e ele terá seu derradeiro encontro com os pesados malhetes da Justiça tanto na esfera estadual quanto na federal.
No primeiro caso, conforme relatou o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica na última sexta-feira (10), Confúcio enfrenta fortíssima acusação apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e que envolve, ainda, seu ex-secretário-adjunto de Saúde em supostos ilícitos deflagrados ainda no início do mandato inaugural, iniciado em janeiro de 2011.
O conhecidíssimo José Batista da Silva – talvez já até esquecido – teria usado empresa em nome de “laranjas”, contratada diretamente, via decreto, para administrar empréstimos consignados da folha de pagamento estadual.
As coisas pioram quando o órgão federal relata que, através do seu cunhado Francisco de Assis Oliveira, Confúcio exigia vantagem indevida de Batista e Maria de Fátima, esposa do então adjunto à ocasião, a fim de receber metade do lucro da empresa Multimargem.
Os autos foram encaminhados a um dos juízes criminais de Rondônia pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão na terça-feira (07) da semana passada.
José Bonifácio pediu condenação de Confúcio Moura
Crime contra a ordem tributária
Outro problema enfrentado por Confúcio Moura diz respeito à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República em maio do ano passado.
À época, o vice-procurador-geral da República José Bonifácio pediu a condenação do ex-governador de Rondônia “por crime contra a ordem tributária”.
Moura é acusado por sonegação fiscal no período em que foi prefeito do Município de Ariquemes.
De acordo com a PGR, ele teria compensado, de maneira indevida, valores das contribuições sociais previdenciárias nas guias de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social entre janeiro de 2009 e março de 2010.
Três processos aparecem no aplicativo Detector de Ficha de Político
A Receita Federal informou: muitos dos empregados segurados e contribuintes individuais não foram declarados nas guias de recolhimento do FGTS. A Receita também chegou a informar que a sonegação de contribuição previdenciária também foi percebida por compensações indevidas.
Ainda segundo a denúncia da Procuradoria, “também se verificou que o valor devido à Previdência Social que deixou de ser declarado pela Prefeitura de Ariquemes é superior aos supostos créditos previdenciários”.
Clique aqui e confira a íntegra da denúncia apresentada pela PGR.
Assim como no caso em que é acusado com Batista, a ação também foi enviada a Rondônia. A decisão foi proferida em maio deste ano pelo ministro Felix Fischer, também do STJ.
“[...] remetam-se os autos à uma das Varas Federais de Porto Velho/RO, Seção Judiciária que engloba o Município de Arquimedes/RO, local em que teria se consumado o delito”, concluiu.
Habituado ao cheiro do jardim das conquitas, Confúcio precisa lembrar que nas relvas de sua trilha espinhosa nem tudo são flores.
Veja
Felix Fischer encaminhou os autos a uma das Varas Federais de Porto Velho
Autor / Fonte: Vinicius Canova
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