O 'João Plenário' é fictício, mas há semelhança entre ele e inúmeros políticos reais, especialmente em Rondônia
Porto Velho, RO – As eleições de 2018 irão comprovar se o rondoniense está disposto mesmo a mudar o panorama político do Estado ou se toda a revolta demonstrada em opiniões contundentes durante quatro longos anos é apenas da boca para fora.
A nossa população é reconhecida pela defesa intransigente à imagem de Rondônia; isto, claro, não traduz exatamente um defeito, mas, para tornar-se qualidade efetiva, seria necessário que o ativismo virtual corresse urgentemente ao âmbito das realizações.
É perceptível, por exemplo, que textos opinativos como os produzidos pelo ácido Professor Nazareno mexem com o brio dos destemidos pioneiros e seus simpatizantes, que, abrindo mão de uma réplica sensata e argumentativa, geralmente avançam num rompante exagerado e enraivecido de vaidade extrema travestida de patriotismo regional.
E é importante lembrar que o articulista apenas escreve, não detém poder para absolutamente nada: nem mesmo para conseguir médicos para Calama, distrito ignorado de Porto Velho.
Mas essa representação bairrista que só existe no mundo retórico e para afagar o ego do comentarista cibernético e sua trupe virtual não contribui para alterar o cenário político desastroso.
Amam Rondônia, mas votam em políticos fichas suja. Amam Rondônia, mas contribuem com a permanência perpétua de famílias poderosas e sem compromisso com o Estado na política. Amam Rondônia, mas fingem que aqui não existem problemas.
Está na hora de o rondoniense acomodado sair do marasmo tradicionalíssimo e passar a se aprofundar a respeito da necessidade de colocar gente nova, com ideias novas e compromissadas.
Afinal, defender Rondônia e ser o responsável direto pela ruína do Estado ao eleger sempre os mesmos caciques ‘enlameados’ é a prova mais salutar da hiprocrisia que rege o patriota de veneta.
O momento é de falar menos e, finalmente, fazer.
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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