Organização criminosa que falsificava documentos e aplicava ‘golpes’ é condenada; penas variam de dois a dez anos de cadeia



Porto Velho, RO –
A Justiça de Rondônia condenou organização criminosa formada por estelionatários que falsificavam documentos e realizavam compras no comércio. Cinco acusados foram sentenciados com penas que variam de dois a dez anos de cadeia.


Os envolvidos tentaram, inclusive, aplicar um ‘golpe’ na empresa Agroboi, intento que acabou falhando porque os funcionários do empreendimento detectaram a intenção fraudulenta em tempo hábil.

São eles: Joel Monteiro de Matos; Carlos Alberto de Sousa Melo;Yágora de Oliveira Rodrigues; Katianna Ferreira Rangel da Silva e Arionaldo Francisco da Silva.

Cabe recurso da decisão prolatada pelo juiz Edvino Preczevski, da 2ª Vara Criminal.

Entenda a denúncia


Primeiramente, Arionaldo Francisco da Silva convidou/atraiu Yágora de Oliveira e Katianna Ferreira para participarem do conluio criminoso, consistente na falsificação de documentos (públicos e particulares), para cadastrarem-se em instituições financeiras da Capital, e, com isso, auferirem crédito suficiente para adquirir bens, dinheiro e produtos.

“Evidentemente, os débitos não seriam adimplidos”, pontuou o magistrado.

Para tanto, Arionaldo, também conhecido como "Paraíba", colheu fotografias, assinaturas e impressões digitais do casal de estelionatários Yágora e Katianna, levando-as para os acusados Carlos Alberto e Joel Monteiro, os quais, imediatamente, confeccionaram documentos falsos.

Já em poder de documentos falsificados e, seguindo as ordens Carlos Alberto, Joel e Arionaldo, apontados como autores intelectuais dos crimes, Katianna, obcecada pelo proveito econômico (cerca de 10% a 25% dos bens ilicitamente adquiridos), tentou, por duas vezes, realizar cadastro financeiro na Losango (banco financeiro que atuava junto à empresa Agroboi), para adquirir, parceladamente (18 prestações), materiais de construção na empresa.

Entretanto, num segundo momento em que esteve na loja Agroboi, desta vez acompanhada do seu companheiro Yágora, ambos foram abordados e presos em flagrante, antes mesmo de as mercadorias serem entregues ao endereço indicado.


A partir de então, Yágora e Katianna, além de confessarem a prática dos crimes, também delataram Arionaldo (com quem mantinham relação mais próxima), que, por sua vez, delatou Carlos Alberto, também conhecido como "Patrão" e Joel Monteiro.

PENAS IMPOSTAS

Joel Monteiro de Matos

Dez anos e seis meses de reclusão, mais multa.
Regime inicial: fechado.

Carlos Alberto de Sousa Melo (Patrão)

Oito anos de reclusão, mais multa.
Regime inicial: semiaberto.

Arionaldo Francisco da Silva (Paraíba)

Sete anos e seis meses de reclusão, mais multa.
Regime inicial: semiaberto.

Yágora de Oliveira Rodrigues

Dois anos e oito meses de reclusão, mais multa.
Regime inicial: aberto.
Observação: pena de prisão substituída por restritivas de direito.

Katianna Ferreira Rangel da Silva
Quatro anos e oito meses de reclusão, mais multa.
Regime inicial: semiaberto.

A íntegra da decisão


Autor / Fonte: Rondoniadinamica

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