Porto Velho, RO – O que se faz para ganhar dinheiro (público) em Rondônia e no restante do Brasil não está no gibi. Mas há muito, uma prática espúria – e ridícula – passa, ou melhor, passava, distante do radar das autoridades devidamente constituídas como o próprio Ministério Público (MP/RO).
Aparentemente, o castelo de cartas marcadas começou a ruir com a última condenação proferida pelo Poder Judiciário envolvendo tanto o colunismo social do capengado jet set tupiniquim quanto um ex-governador.
Imagine você, leitor (a), ter a honra de receber um prêmio promovido em evento privado realizado pelo establishment da fofoca; melhor ainda, regado a comes e bebes dos mais requintados, e desfilando, também, num comprido tapete vermelho com toda a pompa que a high society poderia experimentar e oferecer.
Obviamente, neste contexto de flashes e poses garbosas, troféus e certificados seriam a cereja do bolo, já que recebidos estritamente por mérito... financeiro. Contrato traduzido, é claro, pela boa e velha relação biológica mutualista: toma lá, dá cá!
Mas como nem tudo são rosas e você não é político e muito menos empresário disposto a custear as próprias láureas terceirizadas, o mundo gabola não lhe pertence.
Pois bem, respire fundo...
O esquema é velhaco, portanto não há novidades no flanco. Pretensas autoridades e determinado eixo da ala mórbida do empresariado rondoniense patrocinavam – e ainda patrocinam – as próprias condecorações sociais.
Boa parte do que é pendurado em paredes de gabinetes e na chefia do comércio é, na realidade, a exposição de galardões comprados – muitas vezes com dinheiro público.
Logo, enquanto políticos recebem prêmios às suas custas, o povo é agraciado com a honraria banhada a ouro de tolo: o ‘Candiru de Pirita’ – Ridiculous Quality.
Autor / Fonte: Vinicius Canova
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