Maurão de Carvalho e Lebrinha na pista de corrida com o preparador Confúcio Moura
Porto Velho, RO – Na caminhada eleitoral em 2018 os pretensos postulantes não querem nem saber de passos curtos, nada de trotar! O negócio está acelerado mesmo e quem já está no tabuleiro procura logo posição fixa para atacar e defender. Além disso, a busca incessante por alianças sólidas é tão salutar quanto defenestrar o sobressalente, gente considerada desnecessária ou mesmo os inimigos que vivem a rodear a concentração para colher informações e antever movimentos.
O pré-candidato ao Governo de Rondônia Maurão de Carvalho (MDB), presidente da Assembleia Legislativa (ALE/RO), aprendeu com a procrastinação do passado quando sabotado por Cassol e tratou logo de calçar os tênis de gincana este ano. Elegeu, ainda, o governador Confúcio Moura, também emedebista e pré-candidato ao Senado Federal, como preparador físico.
O deputado tem consciência de que seu vigor político, embora crescente e aparentemente próspero, ainda não alcança os dividendos obtidos pelo colega experiente de legenda. Funciona da mesma forma a esperteza de Gislaine Clemente, a Lebrinha (MDB), filha do parlamentar José Eurípedes, que chamam de Lebrão (MDB).
Lebrinha está no segundo mandato como prefeita de São Francisco do Guaporé e, além disso, preside o Consórcio Público Intermunicipal da Região Centro Leste de Rondônia (CIMCERO). Recebeu seguidos prêmios de gestão, inclusive nacionais e é considerada uma das melhores administradoras públicas de Rondônia – se não for a melhor.
Com o perdão do trocadilho, os Clemente esperam que, por ora, os cidadãos do Estado comprem o gato por lebre.
O anúncio é simples: Lebrinha estaria descartada, mesmo com todos os resultados e honrarias obtidas em pouco mais de cinco anos ininterruptos de Administração Pública são-francisquense.
Aham, tá certo...
Lebrão fora alçado, então, à condição de homem da família à reeleição, e não se fala mais nisso! Entretanto, inconcebível a ideia de que Lebrinha abriria mão de ser deputada estadual (ou federal), aguardando o final de seu mandato para interromper de maneira melancólica carreira bem-sucedida na vida pública. Se for assim, teria de esperar mais dois anos para ser no máximo vereadora, já que não poderia mais comandar a prefeitura; ou (ainda a partir de 2018) quatro para pensar em cargos mais pomposos – com maior representatividade tanto na ALE/RO quanto na Câmara Federal.
E pior: o próprio pai seria o coveiro lançando a pá de cal no progresso da rebenta!
Como não creio nisso, Gislaine, a meu ver, segue como um coringa, a carta em stand-by a ser sacada em momento oportuno num jogo de enlaces que perdurará por bom tempo ainda. Opinião rasa deste humilde pitaqueiro político, distante da sapiência ostentada pelos incontáveis cientistas da área.
E o que Confúcio tem a ver com Maurão e Lebrinha? O preparador detém ótimo condicionamento eletivo e deve provar se, diferentemente de seu antecessor, nutre as condições necessárias para alastrá-lo a companheiros de pista. Correr com Confúcio pode render à dupla não só a aglutinação por osmose da gordura saudável do chefe do Executivo, mas principalmente a queima do colesterol elevado do páreo.
Preparar, apontar, fogo!
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