O tal avião
O deputado federal Marcos Rogério (DEM) não é empresário, mas, como o prefeito Dr. Hildon Chaves (PSDB), tem um avião. A diferença entre os dois é que o peessedebista adquiriu o bem através de atividades privadas para onde retornará ao término do mandato se não for reeleito. O parlamentar, por outro lado, comprou seu pássaro de aço em quinze suaves prestações já na condição de agente político.
Posto onde Marcos Rogério abastece o passáro de aço - com dinhero público (embora seja legal)
Cabe no bolso
Em abril de 2016, Marcos Rogério declarou ao colunista Robson Oliveira que, de fato, havia comprado um avião, mas em sociedade com outros dois amigos. “De acordo com Marcos Rogério, a aeronave é usada e foi comprada em sociedade com mais dois amigos e a um preço acessível aos seus vencimentos (em 15 parcelas)”. O texto segue informando “Possuindo, portanto, um terço do bem que constará em seu imposto de renda a partir desse exercício financeiro já que a compra foi realizada ano passado”.
LEIA
Marcos Rogério explica, “avião foi comprado em sociedade”
Nota de agosto de 2017; tentamos contato com o posto instalado no Aeroporto de Ji-Paraná, mas não houve retorno
Pretensioso
Claro que o parlamentar poderá vender a sua cota da aeronave quando bem entender, mas, ao adquiri-la, é justo imaginar que lhe passou pela cabeça que a política será seu ganha pão para sempre.
Palmatória do Mundo
Perdemos o senador Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa, no parlamento, mas, por outro lado, ganhamos o deputado Palmatória do Mundo – o Marcos Rogério, que é muito melhor.
Economia
O leitor poderia dizer que o Palmatória do Mundo comprou o avião para economizar em passagens aéreas. Ok! Vamos ali no Portal Transparência, então? Peguemos um mês aleatório de 2018 e comparemos os gastos com Emissão de Bilhete Aéreo usando o deputado Nilton Capixaba (PTB) como referência. Fevereiro! Bem, o Carnaval de Marcos Rogério nos custou R$ 13.066,68 em passagens aéreas; já o petebista, menos voador – e sem avião – digamos assim, “torrou” R$ 4.944,96.
Tatuagem do Temer na bunda?
Passou batido, mas vale a pena ver. O deputado fã do presidente ilegítimo Michel Temer (MDB), Wladimir Costa (SD-Pará), não gostou do pedido de explicação solicitado por um homem que assistia às suas declarações durante reunião política. “Explica a tatuagem do Temer na sua bunda, por favor!”. O parlamentar descompensado desceu-lhe uns catiripapos no provocador e achou bonito – claro. Falando nisso, você já leu sobre como somos parecidos com Wladimir? Olha aí.
VISÃO PERIFÉRICA
O Brasil é a cara de Wladimir Costa
A série sobre a confraria do assédio
Estou recebendo inúmeras perguntas sobre os partícipes que inspiraram a série de artigos publicados em “Visão Periférica” acerca do assunto. É óbvio que a curiosidade fala alto, mas, o mais importante nos relatos é compreender a situação em si e extrair lições sobre como podemos ser machistas tanto por imposição quanto através da omissão. Esse é um problema de todos nós!
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Autor / Fonte: Vinicius Canova / O Espectador
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