Daniel Brasil (à direita) no primeiro jogo da final da Libertadores com a camisa da sorte (Foto: Daniel Brasil/ arquivo pessoal )
A última quarta-feira de novembro está longe de ser um dia qualquer para três apaixonados por futebol, em Rondônia. O frio na barriga e a ansiedade pelo grande momento é amenizado pelo chimarrão de cada dia, as mandingas para dar sorte e a esperança de que tudo vai dar certo. O Grêmio entra em campo às 21h45 (de Brasília) para enfrentar o Lanús, pela final da Libertadores, e mesmo distante cerca de 4 mil km do local onde a bola vai rolar, torcedores do Tricolor Gaúcho se preparam da maneira que podem para acompanhar a disputa.
O jogo será realizado no estádio argentino La Fortaleza. No primeiro confronto, em casa, o Grêmio venceu o Lanús por 1 a 0 e ficou um pouco mais perto de levantar a taça de uma das maiores competições da América do Sul. Em Porto Velho, RO, os apaixonados Daniel Brasil, Geovani Berno e Paulo Schroder vão se reunir com outros 100 torcedores para acompanhar a decisão.
O tricolor Daniel Brasil confessa que a ansiedade está tomando conta, mas o companheiro de todas as horas, o chimarrão, tem dado conta de segurar os ânimos. O placar já está marcado na mente e coração do torcedor, que para ajudar a sorte estará com a histórica camisa 7 do clube, usada pelo jogador Renato na primeira vez que o Grêmio venceu a Libertadores, em 1983.
- Estou tomando chimarrão direto, estou com os nervos à flor da pele! Estava com a camisa 7 no primeiro jogo da final e deu certo, então nessa partida também vai ajudar. O placar vai ser 2 a 1 para o nosso Grêmio.
O gaúcho Geovani Berno explica que está trabalhando dobrado, isso para tentar esquecer um pouco o jogo, mas não tem dado muito certo porque os amigos fazem questão de lembrá-lo da partida de tempos em tempos.
- Estou tentando trabalhar bastante, mas o grupo da torcida sempre me lembra do jogo, chego a esquecer por alguns instantes, mas logo a ansiedade volta. Não tenho amuletos, normalmente uso a camisa do clube, mas amanhã irei com a do consulado. Sei que o placar será apertado, com um jogo muito catimbado.
Geovani acompanha o Grêmio desde os anos 80, e diz que lembra da primeira vez que o tricolor foi campeão. O amor pelo clube foi passado de geração em geração e na final da Libertadores de 1983, o grito da vitória do Geovani foi compartilhado com o pai.
- Em 1983 acompanhei a primeira vez que fomos campeões, meu pai ainda era vivo e foi ele que fez eu me apaixonar pelo Grêmio. Eu era garoto e já apaixonado pelo clube, e mesmo depois de todo esse tempo, o sentimento é o mesmo. Para mim, este título tem sabor de infância, de saudade do meu pai. A vitória consagrará o Renato como técnico, pois como jogador nos deu uma grande alegria.
O torcedor Paulo Schroder se diz um dos maiores apaixonados pelo clube mesmo não sendo gaúcho, e conta que o amor vem da infância. A admiração cresceu com o tempo e naturalmente foi fazendo parte da vida de Paulo.
- Engraçado que minha história com o Grêmio não vem da minha regionalidade, eu conheci o clube por meio de um amigo de infância. A família dele era toda gremista, a irmã mais nova montava um altar em todos os jogos do tricolor. Cresci nesse ambiente, comecei a me interessar e quando percebi, estava torcendo também. Mantivemos a amizade e o amor por esse clube que nos dará o título de campeões da Libertadores 2017.
Autor / Fonte: Globoesporte.com/Rondonia
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