Porto Velho, RO – O dia 04 de janeiro com certeza é uma data memorável para o povo de Rondônia, registro histórico da instalação do Estado.
Mas, desde 2017, tornou-se também um marco sombrio, sangrento – especialmente à família Persch.
No dia 04 de janeiro do ano passado Neuri Carlos Persch, ex-prefeito de Ministro Andreaza, fora sumariamente executado com sete tiros. Para o Ministério Público (MP/RO), um assassinato encomendado.
No dia 20 de fevereiro de 2017, o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica revelou, após ter acesso à acusação do MP/RO, minúcias acerca do enredo que envolve a trama de acordo com as autoridades envolvidas.
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Decisão revela possível enredo do assassinato brutal do ex-prefeito Neuri Carlos Persch
Ex-prefeito de Ministro Andreazza Neuri Carlos Persch é morto com sete tiros
Os autos que envolvem os pedidos revelam que Persch, no dia de sua execução, estava reunido com familiares em frente à residência de seus pais, momento em que foi surpreendido por dois indivíduos encapuzados em uma motocicleta. Os criminosos, então, dispararam vários tiros pelas costas, levando à morte imediata do ex-gestor . Logo em seguida, fugiram.
Consta ainda que, após o intento criminoso, a polícia recebeu uma denúncia anônima informando que os autores do delito seriam Fábio José Silveira e um indivíduo conhecido por “Polaco”, a mando de outros dois sujeitos.
Em novembro, o de Direito juiz Carlos Roberto Rosa Burck, da 1ª Vara Criminal de Cacoal, pronunciou Fábio José Silveira, mas impronunciou as duas pessoas apontadas pelo MP/RO como mandantes do crime.
Álibi de Fábio Silveira não convenceu o Juízo
Guerra política? Magistrado não vê indícios...
“No que se relaciona com a autoria referentemente a D. e L., como apanhado pelo Ministério Público, inexiste elemento indiciário que, em primeiro lugar, aponte que a causa do homicídio da vítima tenha sido a aventada disputa pelo domínio político no município de Ministro Andreazza e, em especial, pelo cargo de Presidente da Câmara de Vereadores. Sequer início de prova foi realizado nessa direção”, destacou Carlos Burck.
Para o juiz, apensar o fato de haver testemunha alegando que teria ouvido da vítima que tinha receio de ser morto pelos acusados de encomendarem sua morte “não é indício suficiente para a pronúncia dos aludidos acusados”.
Em seguida, pontuou:
“Como assentou o Ministério Público na referida peça (f. 906), não se conseguiu fazer uma ligação entre Fábio, o executor, em tese, e D. e L. denunciados executores (em verdade mandantes)”, concluiu antes de pronunciar o único réu que deve ir a Júri. Ainda não há data marcada para o julgamento.
Confira abaixo os termos da pronúncia
Acusados de mandar matar Neuri Persch não devem ir a Júri
Autor / Fonte: Rondoniadinamica
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