Usinas do Madeira provocam destruição muito maior do que a prevista

Usinas do Madeira provocam destruição muito maior do que a prevista

Lago da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) em Jirau. Foto: Divulgação/PAC

Por.: Vandré Fonseca / ECO

Manaus, AM –
Os impactos das usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, sobre a floresta são maiores do que o apresentado durante o licenciamento ambiental das obras. Um estudo realizado com base em imagens de satélite demonstra que uma extensão de vegetação nativa 52% maior do que a prevista foi afetada.

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Usinas do Madeira: um lago maior do que o previsto

A área ocupada pelos reservatórios também estava bem acima do que o indicado nos Estudos de Impactos Ambientais (EIA). Os dados do Landsat de 2015 indicavam que ela já era quase 70% maior do que se havia anunciado.

O artigo de pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos está disponível na edição online da Remote Sensing Applications: Society and Environment. Os pesquisadores destacam que a grande quantidade de chuvas em dois anos anteriores teve um impacto praticamente irrelevante para o nível dos reservatórios em 2015. E dizem que o estudo traz um alerta sobre os efeitos de precipitações elevadas em momentos em que os reservatórios estão cheios.

Os estudos ambientais indicavam que, juntos, os reservatórios cobririam uma área de 52,9 mil hectares. Porém em 2015, essa extensão chegou a 87 mil hectares, mais do que o dobro do tamanho da Baía da Guanabara. Foram destruídos também 16 mil hectares de florestas a mais do que a estimativa apresentada no projeto.

Autor / Fonte: Vandré Fonseca / ECO

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