Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 18/05/2019 às 11h30
A restauração e posterior duplicação da BR 364, mais conhecida como o “Corredor da Morte” não ocorrerá a partir deste ano, como se esperava. Na semana o senador Marcos Rogério (DEM-RO) manteve contato com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas que confirmou a realização de obras de recuperação da nossa mais importante rodovia federal, mas restauração e duplicação somente para o futuro.
A recuperação da 364 é um trabalho realizado pelo Dnit todos os anos. O serviço atende apenas os interesses das empreiteiras, que fazem um tapa-buracos mais sofisticado, que não aguenta o início do inverno (chuvas) e compromete o trânsito que fica mais perigoso, violento e favorecendo a acidentes com vítimas fatais.
A BR 364 foi construída na década de 80 e não tem suporte técnico para atender a demanda de tráfego atual. Em períodos de safra de grãos (soja, milho, café) mais de 2,5 mil carretas, bitrens e tremilhões circulam pela rodovia diariamente. E não é apenas a safra de Rondônia, mas do Sul do Mato Grosso, que é exportada, através do Porto Graneleiro de Porto Velho.
Para poder atender a demanda de tráfego, que é crescente a BR 364 precisa passar por total reconstrução, desde a base, que não atende o volume de veículos que por ela circula, inclusive com carga em excesso, pois não há fiscalização, porque as balanças que existiam ao longo da BR estão desativadas e favorecendo o ilícito. Se não há condições de segurança nas condições atuais o futuro será mais preocupante devido ao crescimento do agronegócio no Estado, que amplia o tráfego pesado.
Bancada federal, governo do Estado, Assembleia Legislativa (Ale), sociedade organizada devem unir forças e pressionar o governo federal, para que a BR 364 seja totalmente refeita e poder atender o crescente volume de veículos, principalmente de carga e, no futuro, partir para a duplicação, uma necessidade imperiosa.
A proximidade de o governador Marcos Rocha (PSL) com o presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido deve ser explorada na busca de melhorias para a 364. A cobrança deve ser constante e persuativa, com dados sobre a real necessidade da adequação da rodovia à realidade.
A economia de Rondônia sofre prejuízos, hoje, devido a precariedade da 364, que está neste final de inverno e início de verão (seca) está com o leito comprometido em vários trechos favorecendo a acidentes, a maioria com mortes, enlutando famílias. Outro problema é o prejuízo para a economia do Estado, que continua em fase crescente de desenvolvimento na produção de grãos, o que ocorre também na pecuária, com rebanho superior a 14 milhões de cabeças e um dos mais importantes exportadores de carne do Brasil.
Não basta a recuperação da BR, mas sim a restauração e posterior duplicação. Rondônia não pode ser esquecida pelo governo federal, pois a cada ano cresce a sua participação na economia nacional.
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