Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 25/05/2019 às 11h04
Apesar de estar tramitando no Congresso Nacional (Senado e Câmara) Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do ex-deputado federal Ernandes Amorim, de Rondônia, na sua passagem pela Câmara Federal, agora adaptada pelo deputado Rogério Peninha (MDB-SC) para coincidência das eleições e prorrogação dos mandatos dos prefeitos, vices e vereadores, a mobilização visando as eleições de 2020, se ocorrerem, já é intensa nos bastidores. Em Porto Velho o prefeito Hildon Chaves (PSDB) não está alheio às eleições do próximo ano e deverá buscar a reeleição.
A PEC apresentada pelo deputado Rogério Peninha recebeu esta semana parecer favorável dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. A aprovação sinaliza, que dificilmente ela não terá solução de continuidade e irá a plenário para ser discutida e votada com muitas chances de ser aprovada e vigorar para as eleições municipais (prefeitos e vereadores) marcadas para outubro do próximo ano.
O prefeito Hildon está constantemente na mídia, a maior parte com críticas as constantes viagens para o exterior e a troca-troca de secretários. Poucos dos que iniciaram o mandato estão na equipe, além de, em alguns casos, o titular ser substituído mais de uma vez. Lógico que isso não é bom para a administração, mas é o seu estilo de administrar. Não há nada que se relacione a corrupção, por exemplo.
Existem alguns setores críticos na administração Hildon Chaves como o transporte coletivo urbano, que vem “encrencado” desde o período do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB), hoje deputado federal, que deixou uma “herança maldita” no segmento; transporte escolar rural e educação também. Mas há que se admitir, que erros e acertos fazem parte de uma administração pública, ainda mais de uma capital, que tem mais de 7 mil quilômetros de estradas vicinais e o município com área territorial maior que vários Estados da Federação.
Quem conhece a Zona Leste da capital, maior que dezenas de municípios de Rondônia sabe que foi –e está– sendo feito um bom trabalho de pavimentação asfáltica com meio-fio, guia sarjeta, galerias pluviais, rede de esgoto.
Os enormes conjuntos habitacionais populares da capital foram entregues à população sem o mínimo exigido constitucionalmente, como água encanada e tratada, esgoto tratado, farmácia, supermercado, açougue, acesso pavimentado, posto de saúde, segurança pública. O habite-se é concedido sem a mínima infraestrutura exigida por lei e depois o prefeito é quem tem que se virar, porque o povo quer a sua casa, o seu apartamento, mesmo sem que, as mínimas exigências legais sejam cumpridas, porque precisa se abrigar num imóvel seu e deixar de pagar aluguel.
Os dois jovens, que estão sendo apontados como favorito as governar Porto Velho a partir de 2021, sempre lembrando que poderá ocorrer a prorrogação de mandatos de prefeitos, vices e vereadores atuais, como já citado no texto, o deputado federal Léo Moraes, presidente regional do Podemos e a sensação das eleições a governador de 2018, Vinícius Miguel (Cidadania), ambos com votações expressivas na capital terão companhia na disputa pela prefeitura.
Hildon Chaves prepara com muito critério a possibilidade de reeleição e inclusive deverá deixar os tucanos. A recente nomeação do presidente regional do PR, ex-deputado federal Luiz Cláudio, para comandar a pasta da Agricultura do município, que inclusive foi desmembrada, para que possa atuar com maior autonomia sinaliza que Hildon disputará a reeleição pelo PR.
Hoje o prazo para filiação partidária é de seis meses, portanto Hildon, ainda, tem um tempo para definir o seu futuro político, mas com certeza, caso tenhamos eleições municipais no próximo ano ele disputará, mas pelo PR e não mais pelo PSDB, o que não deixa de ser uma boa notícia, pois como tem mandato e Luiz Cláudio não, poderá até, ocupar antes mesmos das eleições cargo importante no PR e poder ter maior liberdade para deliberar politicamente.
Comentários
Seja o primeiro a comentar!