Por Vinicius Canova
Publicada em 10/05/2019 às 11h47
Já falei sobre essa ação marqueteira esfarrapada patrocinada pelo ex-governador de Rondônia, mas não custa repetir
Porto Velho, RO – Soube através de um colega que o deputado estadual Aélcio da TV (PP) não gostou nada quando, em maio do ano passado, chamei o seu precioso “Economizômetro” de “Demagogitômetro”.
Confesso que, sem explicar, o apelido conferido por mim à coisa estrambólica já apelidada pode soar como crítica deliberada, sem sentido, ofensiva: enfim, o falatório pelo falatório.
RELEMBRE
Os números e a eficácia do ‘demagogitômetro’
Ocorre que não há ser humano em sã consciência, gozando da plenitude de suas faculdades mentais, capaz de caçar pelo em ovo quando o assunto tem a ver com políticos economizando dinheiro público.
Exceto, obviamente, e aí que me vejo compelido a fornecer parecer negativo à ferramenta como instrumento de autoafirmação e, mais ainda, método abjeto de marketing eletivo, quando determinado agente usa as economias de um cargo transitório, outorgado e custeado pelo povo, diga-se de passagem, a fim de propagandear a caridade em benefício próprio.
É por isso, e só por isso, que o “Economizômetro” de Aélcio da TV perde o prefixo para assumir as características demagógicas de sua atitude, subtraindo do vocábulo inventado o “Economiz” e absorvendo o “Demagogit”: eis o porquê do "Demagogitômetro".
Convenhamos: se já é horrível você, como pessoa física, fazer caridade e publicar o ato nas redes sociais implorando por reconhecimento, curtidas e compartilhamentos, imagine, então, quando isso é feito por um político usando as verbas do cargo que o eleitorado lhe conferiu...
Dá pra entender agora que a questão não é bradar contra a contenção de despesas, mas sim à caridade publicitária realizada com chapéu alheio?
Agora, o senador da República e ex-governador de Rondônia Confúcio Moura, do MDB, copiou a ideia do progressista, enchendo seu site oficial de dados e tentando demonstrar, de forma cabal, que o (a) leitor (a) está diante de um congressista austero, financeiramente equilibrado e, principalmente, consciente em relação ao uso do dinheiro público.
Não é.
Já falei sobre isso, inclusive.
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O caso dele não é de beneficência terceirizada. A hipocrisia se aplica à omissão relacionada à função anterior, que, não há dúvidas, constrata sobremaneira com a imagem que deseja pintar de si mesmo daqui pra frente.
Se o emedebista fosse um chefe do Executivo diligente, responsável e verdadeiramente comprometido com o dinheiro dos rondonienses, teria banido rigorosamente do Palácio Rio Madeira as pessoas que promoveram sangria desenfreada nos cofres públicos do Estado.
Logo, a demagogice também corre em suas veias e bombeia, ainda, as funções hidráulicas de sua engenhoca plagiada: o “Econômetro”, vertente paraguaia do “Demagogitômetro”, este sim original de fábrica.
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