Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 31/08/2019 às 10h27
O sistema de venda de combustíveis em Rondônia é quase que, totalmente dependente de “forças estranhas”, que comandam o preço de acordo com a conveniência desse grupo comandando pelo sindicato da categoria. Por isso a constatação de cartelização explícita, pois é um crime contra os usuários, que são obrigados a abastecer seus veículos a preços absurdos, totalmente fora da realidade da economia brasileira.
A cartelização vem sendo denunciada com constância, mas não se percebe movimentação dos órgãos fiscalizadores e muito menos de quem deveria fiscalizar e buscar punição para os maus dirigentes da categoria, que exploram o povo, que fica à mercê de suas conveniências.
Neste mês o preço da gasolina comum, por exemplo, estava no início da segunda semana girando em torno de R$ 3, 87 a R$ 3,98 o litro. No dia seguinte em praticamente todos os postos da capital o litro da gasolina (a maioria tem o mesmo preço para a aditivada) estava nas bombas oscilando entre R$ 4,45 a R$ 4,54. Nada justifica, porque não ocorreu alta nem mesmo nas refinarias? Em alguns postos o litro estava sendo comercializado a R$ 4,94. Baseado em que?
A entrada da rede Atacadão no ramo de combustíveis em Porto Velho a partir de março de 2017 mexeu com o segmento, porque passou a vender o litro de combustível entre 15% a 30% a menos que os demais postos, que são pressionados a comercializar a preço maior com diferenças mínimas. Hoje, em certos momentos o posto do Atacadão faz a diferença, mas deixou de ser ponto de referência, porque também oscila o preço em demasia demonstrando, assim como os demais, falta de compromisso para uma clientela fiel, assim como é no ramo de secos e molhados, bebidas, frios, etc. lamentável.
Esta semana somente o posto localizado na avenida Jorge Teixeira, sentido centro-aeroporto, quase no cruzamento da Avenida Tiradentes, imediações da loja Havan teve filas enquanto permaneceu aberto. O preço do litro hoje (31) pela manhã era de R$ 3,79. A gasolina não é clandestina e não é batizada, caso contrário o posto já teria sido punido, pois sempre teve preços bem abaixo dos demais. Por que? Onde estão as autoridades constituídas, deputados, vereadores?
Os demais postos comercializam o litro da gasolina entre R$ 4,27 a R$ 4,29, diferença de centavos de um para outro. Até o do Atacadão, que ontem (30) vendia o litro a R$ 4,02 hoje já estava a R$ 4,12.
Quem controla o preço dos combustíveis ao consumidor? Quem fiscaliza, orienta, pune como é no caso de cartelização?
No interior a situação não é muito diferente de Porto Velho. Os abusos contra a economia do povo devem ser analisados pelas autoridades e aplicar o que determina a Lei. É preciso providências.
Com a prática do crime sendo pública, aliás, contra o público não é possível que os órgãos fiscalizadores aleguem “falta de provas” para poder agir. O povo está sendo lesado, enganado, extorquido e pouco ou quase nada se faz. É importante lembrar que é o dinheiro do povo, que mantém os poderes, superintendências, autarquias, prefeituras, câmaras de vereadores e demais órgãos, sejam federal, estadual ou municipal. É ele o grande patrão que paga tudo e não pode pagar pelo que não deve.
Fiscalização já, punição agora e fim do cartel do combustível praticado de forma ostensiva no Estado é o mínimo que se espera das autoridades políticas, fiscalizadoras e a sociedade organizada.