Porto Velho, RO – O estado de Rondônia está nas manchetes dos noticiários internacionais justamente por tratar-se de um dos principais epicentros quando o assunto são as queimadas na Amazônia.
Aqui, por outro lado, é como se o problema não existisse. A grande mídia trata a situação como chaga histórica, irreversível, fora de controle, normal e, por incrível que pareça, tem o descaramento de desinformar sua audiência ao dizer que o baque na floresta é mínimo, sem possibilidades de causar estragos permanentes ou alastrar a devastação da mata.
A umidade que refresca o Planeta e sai dos flancos amazônicos é a desculpa perfeita para o desdém midiático. Embora isso já tenha sido explicado inúmeras vezes – e mais didático que o vídeo abaixo seria impossível –, a ladainha oligofrênica continua a mesma, muito provavelmente por interesse obtusos e distantíssimos dos anseios sociais.
CONFIRA
Se é molhado não pega a fogo – sintetizam as vozes nos telejornais. Aham...
Porém, muito pior do que o estado letárgico de algumas emissoras pátrias é, na realidade, observar o silêncio dos congressistas de Rondônia a respeito do tema.
De fato, sobre os incêndios na Amazônia, a maioria entre deputados e senadores está preocupadíssima com o foco... o Prêmio Congresso em Foco.
E se essa gama significativa entre os nossos congressistas lava as mãos sobre a questão durante o extenso e demorado mês de agosto, agora, ao findá-lo com chuvas ralas, já pode até fingir que a pauta jamais existiu.
Quando houve manifestação específica, a coisa foi desastrosa: o deputado Lúcio Mosquini, do MDB, foi à tribuna da Câmara para defender o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).
Durante o pronunciamento pouco instrutivo, o líder da bancada federal de Rondônia deu a entender que, não fosse a destruição da florestas Amazônica, o estado não seria pujante produtor na contemporaneidade.
O (a) leitor (a) tire as suas próprias conclusões sobre se há preocupação ou não com a situação calamitosa desencadeada nestas plagas do Norte.
Aliás, boa sorte na premiação, vocês vão precisar... O site já divulgou a última parcial antes da cerimônia oficial. No Senado, Confúcio Moura (MDB) e Acir Gurgacz (PDT) nem aparecem, e Marcos Rogério, listado, tem apenas 606 votos, muito, mas muito longe dos cabeças.
Coronel Chrisóstomo (PSL -RO) 380
Léo Moraes (Podemos - RO) 287
Mariana Carvalho (PSDB - RO) 253
Jaqueline Cassol (PP - RO ) 179
Expedito Netto (PSD - RO) 76
Mauro Nazif (PSB - RO) 37
Silvia Cristina (PDT - RO) 31
Lucio Mosquini (MDB - RO) 7
Todos eles não chegam nem perto da votação registrada à candidatura da deputada Carla Zambelli (PSL - SP), em primeiro lugar na última prévia com 14.683 votos. Atrás dela vem Marcelo Freixo, do PSOL-RJ, com 12.935 votos.
Pelo visto, a reputação queima junto com a Amazônia.
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