Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Publicada em 28/09/2019 às 11h32
A precariedade da RB 364, que na maior parte do ano fica sem condições para um tráfego seguro, ocorre devido a uma série de problemas como manutenção adequada, fiscalização e sinalização eficientes, além de consciência dos motoristas e motociclistas, a maioria motoqueiros, que utilizam a mais importante rodovia federal em Rondônia. Chamada de “Corredor da Morte” a 364 continua matando, quase que diariamente no trecho de aproximadamente 700 km entre Porto Velho a Vilhena, divisa com o Mato Grosso.
A rodovia foi construída na década de 80. Nunca foi restaurada e vem recebendo ao longo dos anos tapa-buracos e recuperação de trechos mais críticos. A BR 364 deve ser restaurada, desde a base, que foi construída em época, que as jamantas transportavam um terço da carga de hoje das carretas, bitrens e treminhões.
Durante o período de safra de grãos (soja e milho, principalmente) de Rondônia e de boa parte do Mato Grosso circulam pela 364, no trecho citado acima, cerca de 2,5 mil carretas, além dos veículos de menor porte. Não há como controlar com eficiência o movimento, porque os abusos dos motoristas e motoqueiros são constantes, infelizmente. A maioria dos acidentes, quase todos com óbitos ocorrem por ultrapassagens em locais proibidos e excesso de velocidade. Falha mecânica é rara.
Os veículos pesados, que transportam grãos para o porto graneleiro de Porto Velho retornam vazios. Carretas e bitrens batendo carroceria são um convite para a velocidade e outros abusos e os acidentes são inevitáveis.
Há dias um grupo de pessoas promoveu protesto na Curva da Morte, cerca de 7 quilômetros de Jaru em direção a Ariquemes. Muita gente já morreu no local. Colocaram cruzes e faixas alertando para o perigo do local, geralmente favorecendo a acidentes fatais.
O problema não é apenas na curva, que realmente é perigosa. O complicador de tudo está na irresponsabilidade dos condutores de veículos, pois a velocidade máxima da BR 364, mesmo sendo uma rodovia federal é 80 km/hora. Há dias um servidor público muito conhecido no Estado morreu conduzindo uma caminhonete, que colidiu com uma carreta, que estava s 120 km/hora.
Não basta protestar pela curva. Temos que cobrar fiscalização e punição para irresponsáveis como o carreteiro citado e outros condutores de veículos, inclusive motoqueiros, que abusam da velocidade e de ultrapassagens em locais proibidos. Na referida curva há sinalização eficiente, mas é ignorada pelos motoristas.
A PRF tem que orientar e fiscalizar mais, porém o efetivo é insuficiente; o Dnit restaurar a rodovia e duplicar, como no trecho entre Porto Velho e Candeias do Jamari e as nossas autoridades se conscientizarem, que Rondônia é hoje um importante polo produtor e exportador de soja e milho e merece uma rodovia segura.